terça-feira, julho 16, 2013


Penso que há um obstáculo para para compreender o princípio que irei apresentar neste texto, que é a negação.

Não queremos morrer, não queremos "cessar" nossa manifestação neste nível de existência, o que é natural, um instinto de sobrevivência, necessário para preservar a espécie. E por desconhecimento do que "vem depois", a grande maioria dos humanos tem medo, alguns pavor deste fato inevitável.

Mas acredito que a Morte seja nosso principal fator evolutivo, e mais do que isso, ela da sentido e significado para tudo que fazemos.

Se mesmo sabendo que iremos morrer, muitos se tornam inúteis e ossiosos, imagina que fossemos imortais. Creio que a Imortalidade para esta humanidade, seria o "acelerador" para a destruição do planeta, rapidamente esgotaríamos todos os recursos que temos disponíveis.

A Morte renova a humanidade, novas ideias, novos paradigmas, novas pessoas. Se há desigualdade e injustiça mesmo nós morrendo, imagine se este fator igualitário não existisse? Não estamos preparados para nos tornarmos imortais.

Na filosofia do guerreiro, ele se recorda continuamente que cada dia pode ser o ultimo, cada até logo pode ser o adeus definitivo, dando assim mais valor e maior intensidade a cada acontecimento, a cada ação. Estando presente em sua própria vida, deixando de ser um coadjuvante de si mesmo, espectador de sua própria jornada, se tornando um ator, e autor.

Talvez a Dona Morte seja a principal divindade de todos os panteões... se não for isso, pelo menos é certamente a mais igualitária, pois ela rejeita nem discrimina ninguém, abraça a todos, sejam brancos, negros, ateus ou religiosos, uns mais cedo, outros mais tarde, mas ninguém escapa de seus gélidos braços.

A única divindade infalível e inevitável, você pode até não acreditar, mas é de certeza que irá morrer... portanto, livre-se do que é dispensável e se concentre no que é essencial, naquilo que realmente importa, no que irá continuar sendo importante, mesmo depois que você se for.

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