Iniciados pelo tempo
Antigamente, nós éramos fortes. Estávamos repletos de ensinamentos transcendentais e praticávamos as artes espirituais.
Vivíamos de acordo com os preceitos iniciáticos e não nos interessava o caminho das multidões desprovidas dos atributos da Iluminação.
Eles estavam perdidos no emaranhado de suas emoções e suas vidas eram limitadas.
Mas, nós éramos privilegiados e o grande arcano nos abraçava e revelava a luz além das ilusões.
Éramos iniciados e nossa ventura estava no estudo das artes espirituais.
Porém, havia em nós um grande problema a ser solucionado e do qual não nos dávamos conta, muito embora os mestres já houvessem nos advertido por várias vezes a esse respeito.
A questão era: quanto maior o acesso às verdades da alma, maior a responsabilidade. Quanto mais profundo o grau iniciático, maior o respeito por quem sabe menos e mais ainda por aqueles que rondam a vida perdidos na noite da ignorância.
Por várias vezes, nós fomos advertidos e esclarecidos quanto a isso, mas não adiantou.
Nossa sede de conhecimento era maior do que o nosso coração.
Nossas mentes ansiavam por mais ensinamentos e práticas, pois o mistério nos fascinava e precisávamos passar pelos portais iniciáticos de acesso aos níveis superiores.
Não percebíamos que o intelecto e a vontade sem o alicerce do amor para sustentá-los não resistiriam às sabotagens internas de nossos egos.
Como não corrigíamos esse problema, os mestres deixaram a dura tarefa desse ensinamento para o "Mestre Tempo" acertar.
Eles sabiam que seus discípulos arrogantes reencarnariam muitas vezes e que as verdadeiras iniciações seriam realizadas no campo da própria vida, templo de todos, e que as experiências mais importantes seriam em meio às pessoas comuns.
Como sempre, eles estavam certos.
O tempo cobrou seu preço e a roda de samsara* capturou-nos em seu giro probatório.
Mergulhamos na ciranda reencarnatória e fomos aprendendo na marra as lições da modéstia e do respeito aos outros.
Caminhamos no meio da multidão e sentimos seus dramas.
Percebemos a dor do vazio espiritual e choramos de saudade da época em que vivíamos sob aquela atmosfera espiritual de outrora.
Nós, os iniciados de outrora, estávamos vivendo no meio da multidão de profanos e aprendendo com eles a arte da humildade.
Para a vida, nós não éramos iniciados, éramos apenas um grupo de pessoas que teve acesso aos conhecimentos espirituais e apenas aumentou o ego do conhecimento e não o amor que liberta e leva à plena sabedoria, muito além dos graus iniciáticos.
No meio do povo aprendemos, vida após vida, que sem amor ninguém segue...
Que as maiores iniciações ocorrem mesmo é no "Templo do Coração".
Que os ensinamentos espirituais precisam ser aplicados na prática do viver diário e que o campo de provas é a própria existência.
Que os grandes iniciados não almejam o desenvolvimento dos poderes parapsíquicos, mas apenas servir ao Grande Plano de Progresso das Muitas Humanidades.
Que os mestres nos acompanham invisivelmente e nos inspiram pensamentos e sentimentos benéficos.
Que todo homem é nosso irmão e parceiro de evolução.
Que todos merecem nosso respeito porque carregam o divino dentro do coração, mesmo que não saibam disso.
O tempo nos ensinou bem o valor das lágrimas vertidas no cadinho da experiência regeneradora.
Hoje somos fortes realmente, por amor!
O véu de maya** foi erguido e nós vimos o PAI-MÃE de todos brilhando em cada ser.
Percebemos o TODO em tudo!
O Amor é maior do que os nossos graus iniciáticos.
O TODO é o hierofante*** de todos os seres. Somos seus eternos neófitos.
E a multidão que caminha na noite da ignorância é nossa irmã e precisa apenas do nosso serviço de esclarecimento espiritual, não de nossa arrogância e desprezo.
Estamos no campo de provas da Terra, mas pela ação do Tempo**** e do Amor somados à paciência de nossos mestres invisíveis.
Não ambicionamos mais nenhum grau iniciático, apenas queremos aumentar o grau de compaixão e servir aos ditames da Luz.
Apenas corrigindo o início desse texto, não éramos fortes realmente, éramos só ambiciosos.
Hoje somos fortes de verdade, por Amor!
E todos os homens, profanos ou iniciados, são nossos irmãos de caminhada.
E o TODO está em Tudo.
Vivíamos de acordo com os preceitos iniciáticos e não nos interessava o caminho das multidões desprovidas dos atributos da Iluminação.
Eles estavam perdidos no emaranhado de suas emoções e suas vidas eram limitadas.
Mas, nós éramos privilegiados e o grande arcano nos abraçava e revelava a luz além das ilusões.
Éramos iniciados e nossa ventura estava no estudo das artes espirituais.
Porém, havia em nós um grande problema a ser solucionado e do qual não nos dávamos conta, muito embora os mestres já houvessem nos advertido por várias vezes a esse respeito.
A questão era: quanto maior o acesso às verdades da alma, maior a responsabilidade. Quanto mais profundo o grau iniciático, maior o respeito por quem sabe menos e mais ainda por aqueles que rondam a vida perdidos na noite da ignorância.
Por várias vezes, nós fomos advertidos e esclarecidos quanto a isso, mas não adiantou.
Nossa sede de conhecimento era maior do que o nosso coração.
Nossas mentes ansiavam por mais ensinamentos e práticas, pois o mistério nos fascinava e precisávamos passar pelos portais iniciáticos de acesso aos níveis superiores.
Não percebíamos que o intelecto e a vontade sem o alicerce do amor para sustentá-los não resistiriam às sabotagens internas de nossos egos.
Como não corrigíamos esse problema, os mestres deixaram a dura tarefa desse ensinamento para o "Mestre Tempo" acertar.
Eles sabiam que seus discípulos arrogantes reencarnariam muitas vezes e que as verdadeiras iniciações seriam realizadas no campo da própria vida, templo de todos, e que as experiências mais importantes seriam em meio às pessoas comuns.
Como sempre, eles estavam certos.
O tempo cobrou seu preço e a roda de samsara* capturou-nos em seu giro probatório.
Mergulhamos na ciranda reencarnatória e fomos aprendendo na marra as lições da modéstia e do respeito aos outros.
Caminhamos no meio da multidão e sentimos seus dramas.
Percebemos a dor do vazio espiritual e choramos de saudade da época em que vivíamos sob aquela atmosfera espiritual de outrora.
Nós, os iniciados de outrora, estávamos vivendo no meio da multidão de profanos e aprendendo com eles a arte da humildade.
Para a vida, nós não éramos iniciados, éramos apenas um grupo de pessoas que teve acesso aos conhecimentos espirituais e apenas aumentou o ego do conhecimento e não o amor que liberta e leva à plena sabedoria, muito além dos graus iniciáticos.
No meio do povo aprendemos, vida após vida, que sem amor ninguém segue...
Que as maiores iniciações ocorrem mesmo é no "Templo do Coração".
Que os ensinamentos espirituais precisam ser aplicados na prática do viver diário e que o campo de provas é a própria existência.
Que os grandes iniciados não almejam o desenvolvimento dos poderes parapsíquicos, mas apenas servir ao Grande Plano de Progresso das Muitas Humanidades.
Que os mestres nos acompanham invisivelmente e nos inspiram pensamentos e sentimentos benéficos.
Que todo homem é nosso irmão e parceiro de evolução.
Que todos merecem nosso respeito porque carregam o divino dentro do coração, mesmo que não saibam disso.
O tempo nos ensinou bem o valor das lágrimas vertidas no cadinho da experiência regeneradora.
Hoje somos fortes realmente, por amor!
O véu de maya** foi erguido e nós vimos o PAI-MÃE de todos brilhando em cada ser.
Percebemos o TODO em tudo!
O Amor é maior do que os nossos graus iniciáticos.
O TODO é o hierofante*** de todos os seres. Somos seus eternos neófitos.
E a multidão que caminha na noite da ignorância é nossa irmã e precisa apenas do nosso serviço de esclarecimento espiritual, não de nossa arrogância e desprezo.
Estamos no campo de provas da Terra, mas pela ação do Tempo**** e do Amor somados à paciência de nossos mestres invisíveis.
Não ambicionamos mais nenhum grau iniciático, apenas queremos aumentar o grau de compaixão e servir aos ditames da Luz.
Apenas corrigindo o início desse texto, não éramos fortes realmente, éramos só ambiciosos.
Hoje somos fortes de verdade, por Amor!
E todos os homens, profanos ou iniciados, são nossos irmãos de caminhada.
E o TODO está em Tudo.
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