terça-feira, julho 22, 2014


Cesariana na História

A primeira cesariana que se tem notícia aconteceu no ano de 1500, e foi realizado por um homem simples em sua própria esposa.

 
                   
 
  • Na Antiguidade, a cesariana era praticada somente após a morte da mãe
    Na Antiguidade, a cesariana era praticada somente após a morte da mãe         
       
Antes de inventarem o parto cesariano, todas as mulheres tinham seus bebês através do parto normal. Por vezes ocorriam complicações durante o parto, e como não haviam técnicas para a retirada do bebê, podia-se esperar a morte da mãe, do filho ou de ambos.
Muitos dizem ser mito o fato de o nome “cesariana” ter se originado na forma como o imperador Júlio Cesar teria vindo ao mundo, pois seguindo uma lei que existia na Roma Antiga, esse tipo de operação só era feito após a morte da mãe, visando salvar o feto ainda com vida, o que não aconteceu com Júlio Cesar, pois sua mãe, Aurélia, sobreviveu após o parto, tendo  ainda mais cinco filhos depois dele.
Todos os bebês que sobreviviam após serem retirados do útero da mãe que havia falecido eram chamados de cesões ou césares, vindo daí o nome desse tipo de parto.
O primeiro parto cesáreo que se tem notícia ocorreu em 1500, em uma pequena cidade suíça chamada Sigershaufen, e foi realizada por um homem chamado Jacob Nufer, em sua própria esposa. Jacob era um homem simples, habituado a castrar porcas, e vendo o sofrimento de sua esposa no momento do parto resolveu, auxiliado por mais duas parteiras, fazer ele mesmo o parto a partir de uma incisão no abdome da parturiente. Após a retirada do bebê, Jacob fechou o corte, assim como ele fazia com as porcas que castrava. A mãe se recuperou bem e o parto não causou nenhum problema ao bebê que teve desenvolvimento normal. Após esse fato, a esposa de Jacob deu à luz mais cinco bebês, todos eles de parto normal.
Somente no século XVIII é que esse tipo de parto tornou-se uma prática obstétrica, mas era feito somente em casos muito especiais, pois a incidência de morte materna era muito alta. Atualmente o parto cesáreo foi aprimorado, tornando-se mais seguro tanto para a mãe quanto para o bebê, sendo feito pelos médicos quando há algum risco de vida para mãe ou para a criança.

Por Paula Louredo
Graduada em Biologia

O parto antes da cesariana


Apesar de seus benefícios, a cesariana ainda é debatida entre os profissionais de saúde.
Por Rainer Sousa
Ao longo de muitos séculos, o trabalho de parto era o último grande mistério a marcar o processo de gestação de uma mulher. Desde o início da gravidez, tanto a futura mãe como sua família torcia para que o trabalho de parto pudesse se transcorrer da melhor forma possível. Caso contrário, o nascimento da criança poderia se transformar em uma dolorosa experiência capaz de oferecer diversos riscos tanto para a gestante como para a nova vida que estava por vir.
Durante muito tempo, a situação de parto foi resolvida de modo caseiro com a atuação das mulheres da casa auxiliadas por uma parteira mais experiente. Nos casos mais complicados, a falta de técnicas, aparelhos e medicamentos transformavam o nascimento em um terrível fator de risco para o bebê e para a mãe. Sendo assim, passaram-se muitas décadas até que os estudos médicos desenvolvessem alternativas seguras aos nascimentos de difícil execução.
No final do século XVI, Peter Chamberlen inventou o primeiro fórceps utilizado na retirada do recém-nascido. Nos primeiros procedimentos, a engenhoca era acoplada à cabeça da criança e puxada até que fosse integralmente retirada da mãe. Quando se realizava a remoção de um natimorto, alguns médicos utilizavam a craniotomia, um terrível procedimento médico em que se realizava a perfuração do crânio fetal até que a extração fosse possível.
No século XX, os partos passaram por uma nova revolução quando as técnicas da cesariana avançaram de modo significativo. A aplicação de anestesias, os novos procedimentos de esterilização e o emprego da incisão baixa possibilitaram que partos antes considerados fatais fossem executados com grande êxito. No entanto, em meio a tantas benesses, existem equívocos históricos e culturais quando nos reportamos a essa forma de nascimento.
O erro histórico consiste em acreditar que a cesariana foi criada graças ao famoso ditador romano Júlio César, que teria nascido desse modo. Na Roma Antiga, a incisão na barriga da mulher só acontecia quando esta já havia morrido ou quando nenhum dos dois resistia às complicações do parto normal. No caso de Júlio César, registros diversos apontam que sua mãe, Aurélia, ainda viveu depois de dar à luz ao seu ilustre filho. Sendo assim, era impossível que ela tivesse feito uma cesárea.
Do ponto de vista cultural, vemos que a popularização da cesariana nos últimos quarenta anos marginalizou outras formas de parto seguras e mais saudáveis. O medo de sentir dor ou não resistir ao trabalho de parto fez com que diversas mulheres e médicos transformassem esse processo natural em um simples procedimento técnico. Nos últimos anos, pesquisas indicam que a opção pelo parto normal reduz o risco de uma série de complicações e produz um impacto psicológico positivo na mãe e na criança.
Com isso, podemos ver que o processo de modernização dos procedimentos médicos não implica necessariamente no controle intenso dos processos fisiológicos naturais que envolvem tal situação. Não por acaso, vemos que diversos programas de saúde pública hoje incentivam a participação das tradicionais parteiras que, durante séculos, tiveram um papel fundamental para que várias vidas ganhassem 

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