quinta-feira, março 29, 2012

A Calúnia e a Fofoca



Perseverar no cumprimento de seu dever e guardar silêncio
é a melhor resposta à calúnia." (George Washington)

A Calúnia e a Fofoca -  Roque Theophilo


Calúnia é um termo que vem do latim, calumnia, engodo, embuste. A calúnia não se confunde nem com a difamação nem com a injúria, outros dois crimes contra a honra. A difamação (do latim diffamare) significa desacreditar, sendo um crime que consiste em atribuir a alguém fato ofensivo à sua reputação de pessoa fiel à moralidade e aos bons costumes. Não se confunde com a calúnia, pois esta consiste numa imputação injusta de fato tipificado como crime. Na difamação o que se busca é desacreditar a vítima, embora sem apontá-la como autora de fato criminoso. (...)
Quanto à injúria do latim injuria, de in jus, injustiça, falsidade, trata-se de um crime contra a honra consistente em ofender, verbalmente, por escrito, ou fisicamente (injúria real), a dignidade ou o decoro de alguém. A injúria ofende o moral, abate o ânimo da vítima, ao passo que a calúnia e a difamação ferem a moral da vítima. (...)
Fofoca é o mexerico, intriga, a bisbilhotice. É um mal que para muitos é divertimento sem importância, mas que é extremamente destrutivo: A vontade de passar informações faz parte do homem, é a comunicação, é uma ação humana natural e normal, mas na maioria das vezes esquecemos do outro e não medimos as conseqüências das nossas palavras. Quando uma pessoa não controla a cobiça, o resultado é a inveja, que desperta o instinto animal de prejudicar o próximo pela difamação. O vaidoso que é infestado pelo orgulho e pela arrogância, é muito propenso a usar a fofoca. (...)
Afirmativas como “onde há fumaça há fogo”, em verdade são armas utilizadas pelos caluniadores. O correto é: “onde há fumaça há um caluniador”. Para bom entendedor, quem está sendo exposto não é o caluniado, mas sim o caluniador: revela-se e desvenda um interior conflitado.
O caluniador é uma pessoa que está sempre em conflito consigo mesmo. Quem está de bem com a vida não tem sequer vontade de caluniar, quer apreciar as coisas boas da vida.
Por vezes, as pessoas lidam de forma inadequada com suas perturbações. Por exemplo, passam a ingerir muita bebida de álcool, ou mergulham num mundo imaginário e se afastam da vida real. Outra forma inadequada é a calúnia. O caluniador procura transferir seu desequilíbrio para outra pessoa. Lançando uma calúnia ele percebe que o interior da pessoa atingida começa a se desorganizar. Para que isso ocorra, a calúnia deve ser impactante, deve penetrar no interior da vítima e estourar como uma bomba. Portanto, agora quem está desequilibrado é o outro e não mais ele. Ou há mais alguém perturbado e em sofrimento como ele.
Como este artifício é fantasioso, não promove um alívio duradouro ao caluniador, como um vício ele sente necessidade de repetir e repetir o ato de caluniar. É uma falsa saída para seu desequilíbrio. É como se alguém pegasse o lixo de sua casa e jogasse no pátio do vizinho. Por alguns momentos tem a sensação de estar limpo. Mas o lixo reaparece na sua casa, pois ela é o gerador de lixo.
Existem dois tipos de caluniadores: aquele que calúnia sistematicamente e aquele que o faz num momento em que sua vida não vai bem.
E existem também as pessoas que levam adiante a calúnia gerada por outro. É um fenômeno que acompanha a humanidade desde sempre. Um dramaturgo romano, Plauto, escreve em uma de suas peças: “Os que propalam a calúnia e os que a escutam, se prevalecesse minha opinião, deveriam ser enforcados, os primeiros pela língua e os outros pela orelha”.
Brincadeiras à parte, temos que aprender a lidar com estes fenômenos. Todos estamos sujeitos a ele. Sheakespeare escreveu: “Mesmo que sejas tão puro quanto a neve, não escaparás à calúnia”.(...)
Aquele que se percebe gerando calúnia se beneficiará de uma ajuda profissional para procurar lidar de uma maneira mais eficaz com seus desequilíbrios.
Provavelmente, graças a esse poder contaminante do pensamento primário é que, muitas vezes, julgamos uma causa por sua aparência, brigamos com amigos por detalhes fúteis e esquecemos o imprescindível para guardar o periférico. (...)

segunda-feira, março 26, 2012

A religião teria acabado com os Maias?



Os antigos Maias conquistaram e habitaram uma área de 696.200 quilômetros quadrados, com cidades que ocupavam o que é hoje o sul do México e o norte da América Central, incluindo países como Guatemala, Belize, El Salvador e Honduras.
O auge da civilização Maia, conhecido como período clássico, foi de cerca de 250 a, pelo menos, 900 dC. Por razões desconhecidas, a civilização maia clássica entrou em colapso. A população diminuiu catastroficamente, e muitas de suas grandes cidades ficaram abandonadas.
Há tempos, os cientistas associaram o declínio dos antigos maias a catástrofes ambientais, especialmente a seca.
Desmatamentos ligados a agricultura também podem ter provocado o desastre – por exemplo, redução da cobertura florestal teria levado à perda de solo fértil pela erosão, bem como uma maior evaporação da água pela luz solar, exacerbando a seca.
No entanto, algumas localidades continuaram abandonadas por longos períodos, enquanto outras se recuperaram mais rapidamente. Este padrão indica que as catástrofes ambientais não foram o único fator determinante para o colapso da civilização maia clássica – se fossem, elas teriam afetado todas as áreas de forma igual.
Agora, os estudiosos propõe que um pavor de espíritos malvados que assombravam algumas áreas abandonadas poderia, junto com as catástrofes ambientais, explicar por que algumas áreas do antigo mundo maia revelaram-se menos resistentes do que outras quando a civilização se desintegrou.
Além disso, os arqueólogos acreditam que as sociedades maias podem ter sido vulneráveis ao colapso pela sua própria natureza. Eles aparentemente canalizavam a riqueza para uma pequena elite de reis divinos hereditários, que tinham virtualmente poder ilimitado, mas cujos súditos esperavam generosidade (uma sequência de derrotas militares ou secas sazonais poderia prejudicar gravemente a sua credibilidade).
A estabilidade deste sistema foi ainda mais ameaçada pela poligamia entre os governantes, gerando inúmeras linhagens que guerrearam entre si, aumentando o colapso.
Para saber mais sobre as razões por trás do colapso maia, os cientistas focaram em declínios sociais na parte final do período clássico maia, variando de 750 a 950 dC. Eles também analisaram crises de 100 a 250 dC, a parte final do período “pré-clássico”.
Os dados disponíveis sugerem que as partes elevadas das planícies maias, que incluem a maior parte da atual península de Yucatan, foram significativamente mais vulneráveis ao colapso e tiveram menor probabilidade de se recuperar do que áreas baixas.
Terras dentro desta região elevada não tinham fontes de água perenes e eram mais dependentes da água da chuva, deixando-as vulneráveis às mudanças climáticas. Em contraste, vizinhos de áreas baixas tinham acesso a nascentes, riachos perenes e sumidouros.
Reocupar áreas elevadas com grande número de pessoas requereria intenso trabalho para restabelecer sistemas de gestão da água, ajudando a explicar por que elas foram abandonadas.
Em contraste, as áreas baixas eram menos exigentes, e as evidências sugerem que essas terras foram normalmente ocupadas continuamente, mesmo quando as grandes redes políticas e econômicas com as quais eram relacionadas desmoronaram.
Ao mesmo tempo, os maias teriam culpado deuses e seus governantes “divinos” pelo colapso. Dessa forma, seus territórios abandonados tornaram-se lugares caóticos e assombrados. Talvez a civilização nem tentou recuperar algumas dessas terras, por causa desses fatores.
A conclusão dos pesquisadores é de que as secas e a degradação ambiental provavelmente desempenharam um papel no colapso, definido por um declínio substancial e prolongado da população de alguns locais ou regiões.
Principalmente pela configuração do ambiente, com terras da região elevada sendo significativamente mais vulneráveis a ciclos de seca do que aquelas mais baixas onde a água era mais abundante, algumas terras foram abandonadas mais permanentemente.
Porém, o fato de que o colapso foi muitas vezes um processo prolongado sugere fortemente que fatores culturais – por exemplo, a força do governo, a flexibilidade da sociedade e sua capacidade de adaptação à mudança – eram igualmente importantes para determinar se um determinado local ou grupo se adaptou a mudança ou colapsou de vez.[LiveScience]

domingo, março 25, 2012

A CIDADE SUBTERRÂNEA DE JERUSALÉM
Escavações abaixo da Cidade Antiga revelam antiguidades e um ponto delicado entre judeus e muçulmanos.

Foto: AP Photo/Bernat Armangue

Judeus ultra ortodoxos rezam em túnel do Muro das Lamentações na cidade Antiga de Jerusalem.
Embaixo das vielas entupidas de gente e dos locais sagrados de Jerusalém, centenas de pessoas passeiam por túneis, compartimentos medievais e esgotos romanos em uma cidade subterrânea, imperceptível nas ruas logo acima.

Acima dali, a velha cidade murada é um enclave enérgico e cheio de disputas com panorama predominantemente islâmico e uma população em sua maioria árabe.

No entanto, abaixo do solo, Jerusalém é completamente diferente. Além de o barulho desaparecer e o sol severo sumir, há um cheiro de terra e a geografia remete a uma cidade judaica que existiu há dois mil anos.
As escavações arqueológicas abaixo da disputada Cidade Antiga fazem parte de uma questão extremamente sensível. Para Israel, os túneis são a prova de judeus têm raizes ali e isto fez com que eles se tornassem um ponto turístico. O número de visitantes, na maioria judeus e cristãos nos ultimos anos. É possivel que chegará a um milhão de visitas por ano.


Porém, muitos palestinos, que rejeitam a soberania de Israel na cidade, os vêem como uma ameaça às suas reivindicações por Jerusalém. Alguns críticos também afirmam que há um foco exagerado na história judaica.
Uma nova ligação subterrânea esta sendo aberta, é uma das maiores obras do gênero na cidade. Quando estiver concluída serão dois quilômetros de percurso abaixo da cidade. Será possível passar horas em Jerusalém sem ver o céu.

Em uma manhã recente, um homem carregando equipamento de pesquisa percorreu a estrada de pedra de dois milênios, parou no canto do buraco e desapareceu no subterrâneo.

Em uma confusão de quartos e corredores logo abaixo do bairro muçulmano, operários limparam o entulho e encontraram uma arca de 700 anos de idade.

Um grupo de turistas pode emergir pela passagem escura pela qual havia entrado uma hora antes no bairro judeu, para se ver no meio de várias loja árabes em plena Via Dolorosa, a rota que Jesus percorreu antes de ser crucificado.

No sul da cidade antiga, visitantes podem entrar por um túnel escavado por um rei judeu há 2.500 anos e percorrer, agachados, o bairro árabe de Silwan. No início do verão, uma nova passagem será aberta próxima dali: rebeldes judeus parecem ter usado este caminho para escapar da legião romana que destruiu o templo de Jerusalém em 70 A.D.
ver postagem http://filhosdehiran.blogspot.com.br/2011/11/destruicao-de-jerusalem-70-dc-1-parte.html

O próximo grande projeto, de acordo com a Autoridade Israelense de Antiguidades, será seguir o curso de uma das principais ruas da era romana, que fica abaixo da praça de oração do Muro das Lamentações. Esta rota, marcada para ser finalizada dentro de breve, vai ser ligada ao túnel do muro.
As escavações e a enchente de turistas vão contra o cenário da região que tem como pano de fundo a desconfiança entre judeus israelenses e muçulmanos palestinos, receosos de qualquer movimento governamental na cidade antiga - em particular na área da Al-Aqsa, o terceiro santuário mais sagrado do islã. A mesma área é conhecida pelo judeus como o Monte do Templo, ponto de dois templos destruídos e centro da fé judaica no terceiro milênio.

Muçulmanos temem atos de violência, como o de 1966, quando a abertura de uma nova saída para o Muro das Lamentações difundiu rumores entre palestinos de que Israel tinha a intenção de destruir mesquitas e dezenas foram mortos em manifestações. Nos últimos anos, no entanto, os trabalhos não têm gerado nenhum incidente.

Atentos a esse potencial de conflitos, a polícia de Israel ainda está não aprovou as escavações na área. Escavações no Monte do Templo, como escreveu o historiador israelense Gershom Gorenberg, “seriam como tentar se dar conta de como uma granada funciona puxando o pino e observar o que acontece”.
Apesar da confiança dos israelenses, persistem rumores de que as escavações estão minando a estabilidade física dos templos sagrados do islã.

“Eu acredito que os israelenses estão cavando túneis embaixo das mesquitas”, disse Najeh Bkerat, oficial do Waqf, órgão da religião muçulmana que acompanha o controle de segurança de Israel.


Foto: AP Photo/Bernat Armangue

Silhueta de um visitante na caverna de Zedekiah, na Cidade Antiga em Jerusalém . A coisa mais próxima a uma escavação no MOnte, arqueólogos israelenses pontuam, foi feita pela própria Waqf. Em 1990, a entidade abriu uma nova entrada para uma área de oração subterrânea e depositou caminhões de entulho vindos de fora da Cidade Antiga, provocando uma afronta de estudiosos que afirmaram que artefatos de valor inestimável haviam sido destruídos.

Neste mês, o governo de Israel divulgou um relatório afirma ndoque o trabalho de construção da Waqf nos últimos anos foi feito sem supervisão e destruiu antiguidades. O tema é considerado tão delicado que os detalhes do relatório foram mantidos em sigilo.

Alguns israelenses críticos aos túneis alertam comntra o que chamam de ênfase exagerada na narrativa judaica. “O que os túneis dizem é que nós estamos aqui há 2 mil anos e que agora estamos de volta e aqui está a prova” disse Yonathan Mizrachi, um arqueólogo israelense. “Morar aqui significa reconhecer que existem outras histórias além da nossa”, disse.

Yuval Baruch, arqueólogo da Autoridade de Antiguidades encarregado por Jerusalém, afirma que as escavações são feitas de maneira cuidadosa para preservar os valorosos achados de todos os períodos da história da cidade. “Esta cidade é do interesse de pelo menos metade das pessoas do planeta, e nós vamos continuar descobrindo o passado da maneira mais profissional que temos”, disse.
fonte: Ig

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terça-feira, março 20, 2012

POLÍTICA DIVINA


"Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve." - Jesus. (LUCAS, 22:27.)



O discípulo sincero do Evangelho não necessita respirar o clima da política administrativa do mundo para cumprir o ministério que lhe é cometido.

O Governador da Terra, entre nós, para atender aos objetivos da política do amor, representou, antes de tudo, os interesses de Deus junto do coração humano, sem necessidade de portarias e decretos, respeitáveis embora.

Administrou servindo, elevou os demais, humilhando a si mesmo. Não vestiu o traje do sacerdote, nem a toga do magistrado.

Amou profundamente os semelhantes e, nessa tarefa sublime, testemunhou a sua grandeza celestial.

Que seria das organizações cristãs, se o apostolado que lhes diz respeito estivesse subordinado a reis e ministros, câmaras e parlamentos transitórios?

Se desejas penetrar, efetivamente, o templo da verdade e da fé viva, da paz e do amor, com Jesus, não olvides as plataformas do Evangelho Redentor.

Ama a Deus sobre todas as coisas, com todo o teu coração e entendimento.

Ama o próximo como a ti mesmo.

Cessa o egoísmo da animalidade primitiva.

Faze o bem aos que te fazem mal.

Abençoa os que te perseguem e caluniam.

Ora pela paz dos que te ferem.

Bendize os que te contrariam o coração inclinado ao passado inferior.

Reparte as alegrias de teu espírito e os dons de tua vida com os menos afortunados e mais pobres do caminho.

Dissipa as trevas, fazendo brilhar a tua luz.

Revela o amor que acalma as tempestades do ódio.

Mantém viva a chama da esperança, onde sopra o frio do desalento.

Levanta os caídos.

Sê a muleta benfeitora dos que se arrastam sob aleijões morais.

Combate a ignorância, acendendo lâmpadas de auxílio fraterno, sem golpes de crítica e sem gritos de condenação.

Ama, compreende e perdoa sempre.

Dependerás, acaso, de decretos humanos para meter mãos à obra?

Lembra-te, meu amigo, de que os administradores do mundo são, na maioria das vezes, veneráveis prepostos da Sabedoria Imortal, amparando os potenciais econômicos,

passageiros e perecíveis do mundo; todavia, não te esqueças das recomendações traçadas no Código da Vida Eterna, na execução das quais devemos edificar o Reino Divino, dentro de nós mesmos.

sábado, março 17, 2012

A MISSÃO

Maçonaria está submetida a provas duríssimas, mas resistirá heroicamente todos os golpes e sairá fortalecida sempre, sempre e sempre. Na senda do Mundo há nascido uma árvore nefasta e frondosa: A crueldade, que produziu ditadores, traidores, corruptos, falsos profetas e sem princípios que caluniam irresponsavelmente usando o nome do Senhor nosso Deus, abusam da fé e da confiança do povo em todas as épocas e de todos os tamanhos, cheios de vaidades e ambições, duros de corações, carentes de escrúpulos, inimigos da liberdade de ação e inimigos portanto da Maçonaria, que tem a Verdade e a Justiça como pilares básicos de seu Templo imortal.

Mas a Maçonaria tem uma missão a cumprir, e a cumprirá a despeito de todos quantos contra ela se voltem pois está acima de qualquer seita. Em saber esperar e em saber resistir está sua força e em ter a Razão contra tudo que seja Escravidão, Ignorância, Fanatismo e Aviltamento, pois o Grande Arquiteto do Universo exercerá eternamente a força derrotando estes inimigos".

Sua grande missão é Glorificar o nome Do Grande Arquiteto do Universo e elevar, iluminar, impulsionar e redimir a humanidade. Dar a conhecer que não estão sós (isolados) do mundo. Que seu progresso é o resultado de uma cadeia de homens decididos e virtuosos, prontos para se levantarem contra a tirania, assim mesmo os passos que hão dados na senda do progresso são tão curtos tal como exíguo é o tempo que leva a Família Humana na face da Terra comparado com a idade dos planetas. O transito da humanidade pode considerar-se como raiz da arvore que um dia luzirá copa frondosa, sustentada por tronco rijo e idoso do qual somos a primeira célula.

Dizer que assim como o Sol ilumina os bons e os maus, dá calor a todos
sem exceção, assim a Maçonaria deve estender seu amor e sua beneficência a todos quantos o rodeiam, sem distinção, sem malevolência e sem rancores, porque tanto como o Amor é fértil o Ódio é estéril, que não se reconheça mais títulos e nem vantagens e que não desvirtue o estreito acatamento à Moral e ao exercício da virtude. Que seja bom, amoroso, honrado e excessivamente virtuoso. A Maçonaria é a mãe da sabedoria humana, diz ao homem com sublime doçura e amor:

"Cumpre a tua missão, custe o que custar. O caminho para teu próprio convencimento que queiras seguir, não me importa, para isso te deixo em liberdade de consciência, por isso não pugno por nenhuma religião e te convido ao estudo e a meditação sobre o único livro que há estudado o homem profundamente, e de onde ele tem tirado todo o seu conhecimento.

Este livro é o Livro da Lei (Bíblia Sagrada) onde estão registradas as Pérolas; (todo o saber Maçônico), que não podemos entregar para que pisem com os pés. Deus é a causa criadora, ordenadora. Esse Deus Eterno Onisciente, Onipotente e Onipresente, criador dos Céu e da Terra, é a única Verdade que conduz à vida eterna e sem ele a nossa amada e Sublime Ordem não existiria, pois está alicerçada na Fé, Esperança e Caridade e projetada com Liberdade, Igualdade e Fraternidade pelo nosso Grande Arquiteto do Universo. Independentemente do teu pensamento verás que o Universo teve forçosamente uma origem que escapa aos ditames de tua razão e deve ter, também, um fim posterior que se esgote em si mesmo, um fim cuja natureza a Maçonaria não te revela e não te ensinará a elucidar porque, humilde, cientifica e razoável, se conforma que vivas bem toda a tua vida, com o pensamento de que, se a tua morte sobrevivesse a tua alma, terás preparado teu caminho a percorrer em outra vida, a vida eterna, e é nessa outra vida, que verás que nada foi em vão, e nada haverás perdido em viver bem a presente"

A Maçonaria cumpre sua missão incansavelmente, com denodo, valor e perseverança. E sua doutrina é o amor. Não há ser no mundo que não melhore em algo sua alma enquanto ama outro ser, ainda quando se trate de um amor vulgar. E os que não deixam de amar não seguem amando senão porque é a mais divina e ao mesmo tempo a mais profunda virtude humana.

Que a Razão e o Amor lutam primeiro com violência em uma alma que se eleva, mas a Sabedoria nasce da paz que acaba de fazer-se entre o Amor e a Razão, e essa paz é tanto mais profunda quanto mais direitos haja cedido a Razão para o Amor.

Não chegamos a ser verdadeiramente justos senão desde o dia em que nos vemos reduzidos a buscar em nos mesmos o modelo da justiça.

A inteligência ao mostrar-nos por assim dizer, a imensidade de nossa impotência, nos toma a dor de nossa derrota.

Grande é a vontade de Deus, mas não a vemos ( como o vento por exemplo ) e isso, se reflexiona, é natural porque todas as dádivas de Deus são invisíveis, como a providencia Paternal, que é espírito puro.

No fundo da humilde vida do justo só são inalteráveis e imóveis a Justiça, a Confiança, a Benevolência, a Sinceridade e a Generosidade.

A missão da Maçonaria Universal é espargir os postulados do Amor. Ela não tem donos, não é um negócio, não é uma profissão. O amor nos abre os olhos para muitas verdades pacificas e doces e nos dá a oportunidade de conhecer e admirar, em um objeto único, o que não havíamos tido, nem em idéia, concebido em mil objetos diversos. E com isso se alarga nosso horizonte e mais se estende o alcance de nosso coração.

A Maçonaria é para poucos, mas estes poucos muito fazem pela humanidade. Muitos adentram por curiosidade, logo saem, e continuam sendo profanos.
http://www.mercuri.com.br/gm-missao.html

quinta-feira, março 15, 2012

YVY PURUÃ – O Umbigo do Mundo




Segundo a tese mais aceita, os Guarani são originários da Amazônia, de onde começaram a sair a uns 3 mil anos atrás, portanto, por volta do a no 1000 a.C.

Provavelmente desde o primeiro milênio antes de Cristo, uns 3000 ou 2.500 anos atrás, os movimentos de migração originados na bacia amazônica se intensificaram, motivados talvez por um notável aumento demográfico. Esses grupos que conhecemos como Guarani passaram a ocupar as selvas subtropicais do Alto rio Paraná, do rio Paraguai e do rio Uruguai médio. Essa área era basicamente o Paraguai. Ou melhor: o antigo Paraguai, bem maior que o país de hoje.

A caminhada da Amazônia ao Paraguai foi lenta, demorou uns 500 anos. Já que segundo Branislava Susnik e Gonzales Torres, a presença guarani em terras paraguaias foi datada em 500 a.C. aproximadamente.

Disputando e conquistando territórios, o povo passou a viver na região, transformando o Paraguai no centro do seu mundo. Ali era a sagradaYVY MBYTE (terra do centro, terra do meio, centro da terra) ou YVY PURUà(umbigo da terra), que ficava no atual Caagazú, fato que ainda hoje é mencionado até pelos Guarani que moram no litoral do Brasil.

O departamento de Caagazu localiza-se no sudeste do Paraguai e é curioso perceber que esta “terra do meio” fica justamente a 1/3 da distância entre Atlântico e o Pacífico, com uma mínima diferença de 50 km. Este “centro” dista cerca de 750 km do oceano Atlântico e 1.400km do oceano Pacífico.

Na mitologia, tal “centro” ou “meio da terra” em Caagazu seria também o local de origem de Ñandecy (“nossa mãe”, as vezes chamada de “nossa avó”). Um guarani contou a Cadogan: “O lugar onde originalmente viveu a nossa avó se chama o lugar das águas surgentes. Tal lugar é o centro da terra, o verdadeiro centro da terra”. Detalhe interessante: alguns estudiosos, como Meliá, supõem que ao falar de “águas surgentes” ele estejam se referindo ao Aquífero Guarani, o maior reservatório de água subterrânea do mundo, já conhecido pelos Guarani há centenas de anos.


Apesar da importância de Gaaguazu, existe um outro local com o mesmo papel. Fica mais acima, no leste, no departamento de Amambay. Trata-se do monte JASUKÁ RENDÁ, também chamado de Cerro Guazu. Esse local representa o centro do mundo para os guaranipai tavyterã. O nome desse grupo é justamente traduzido como “habitantes do centro da terra”.

O antigo território os pai tavyterã abrangia também parte do Mato Grosso do Sul. Ali ainda possuem aldeias e são conhecidos comoKAIOWAS. Porém, desde a década de 1980 vem sendo vítimas do latifúndio, fazendeiros de soja que tomam suas terras e os expulsam, encurralando-os em áreas mínimias, muitas delas bem próximas a cidades. O afastamento de seu lugar tradicional e sagrado provocou, no fim dos anos 1980 e início dos 1990, uma tragédia entre os guarani kaiowas: um elevado número de suicídios. Hoje essas mortes diminuíram mas seus efeitos ainda permanecem.

No Paraguai, a cultura dos pai tavyterã parece concentrar-se, de alguma maneira, ao redor e a partir de montanhas e cerros. Dizem eles que seu mundo era delimitado por 11 cerros, os quais constituíam os marcos de um território chamado YVY MBYTE ou YVYPYTE que, como já vimos, significa “terra do meio” ou “centro da terra”. É interessante constatar que no departamento de Amambay, a uns 60 km da cidade de Capitán Bado, ainda existe um ponto chamado Yvypyte, que é ocupado por uma aldeia guarani. Também é interessante o fato de que o local onde constituiu-se Capitán Bado, bem perto do “centro da terra”, era chamado pelos guaranis de NHU VERÁ. Esta expressão quer dizer “campo brilhante”, “campo resplandecente”.


No campo de Nhu Verá existia uma enorme quantidade de pés de erva mate nativo, que – segundo os guarani – tinha sido plantado por Tupã. O mate (kaá) é uma das plantas sagradas dos Guarani, consumida até hoje em homenagem ao nascer do sol. E, no mito, ela tem ligação com Sumé, o personagem lendário que poderia ter construído o Caminho do Peabiru (que vai da costa atlântica de Santa Catarina) à costa pacífica do Peru e Chile.

No Jasuká Rendá encontramos, também, numerosas inscrições rupestres, ainda pouquíssimo estudadas. Por isso o monte é considerado pelos Guarani como a mais importante dos 11 cerros. Seu nome que dizer “Lugar de Jasuká”, que é uma divindade feminina, muitas vezes apresentada como esposa de Kuarahy, o Sol. Percebe-se, ai, a repetição dos laços de uma mulher sagrada com o “centro da terra”. Para alguns grupos guarani, trata-se de Ñandecy, para outros é Jasuká. Mas isso tem uma explicação: Jasuká seria um símbolo feminino, diz Cândida Graciela Chamorro Arguello no artigo “O rito de nominação numa aldeia mbyá-guarani do Paraná”, publicado na revista Diáloigos, da Universidade Estadual de Maringá – PR. “Jasuká é o nome sagrado das mulheres e do bastão de ritmo por elas usado nas cerimônias religiosas. É também o nome de uma divindade feminina, a Grande Avó do universo, de cujos seios teria se nutrido o criador do mundo”.

Existe, no entanto, mais um entendimento acerca de Jasuká, que conduz a uma relação com o Peabiru. Pois além de nome próprio de uma deusa, a palavra jasuká também pode ser um substantivo comum, porém com conotação religiosa, afirmam alguns estudiosos. Seria sinônimo de “grande névoa primigênia”, “neblina que é origem da vida”, segundo o etnógrafo paraguaio José Pertasso. Graciela Chamorro afirma algo igual em seu artigo: “A origem de Jaxuká remonta à origem de uma das substâncias elementares da natureza: a água. Por isso ela é representada pelo orvalho, pela fumaça, pela neblina, pela chuva e pela árvore sagrada, o cedro, que fala e destila sua água para saúde e reparo das pessoas. Por isso, na cerimônia de nominação dos Mbyá(quando as divindades dão nomes às crianças), a água e a fumaça são os símbolos mais importantes”.


Essa fumaça ou neblina estaria localizada numa terra sagrada, “terra do fluído indestrutível de Jasuká”, que fica no zênite, diz Perasso. O zênite, para os Guarani, é o “meio do céu”, o “centro do céu”, onde o Sol alcança o meio de sua caminhada diária. Como o Peabiru, para esse povo, parece ter possuído a finalidade de reproduzir na terra o caminho do Sol, leste-oeste, se poderia fazer uma “leitura” geográfica disso: o começo do caminho solar e do Peabiru seria o nascente (Atlântico); o meio seria o Paraguai (Caagazu e Jasuká rendá), o “centro da terra” e o “zênite”. O fim seria o poente (Pacífico).


Sem o sol, nada poderia viver ou crescer; ele rege ou cuida da terra, percorrendo com tal objetivo a sua trajetória cotidiana. Neste percurso, ele se detém um pouco em três pontos principais: no oriente, no zênite e no ocidente, a fim de ver tudo com exatidão. Esses pontos percorridos pelo Sol (e onde dá uma “paradinha” para ver tudo com exatidão) também forma percorridos pelos Guarani, que nos três também fizeram ou tentaram fazer suas “paradas”, com aldeias, ocupações fixas ou temporárias, etc. Seria coincidência ou os Guarani estavam querendo acompanhar o Sol?

quarta-feira, março 14, 2012

CONDUTA MAÇÔNICA

Deverão ser cautelosos com as palavras e o comportamento, de modo a que um estranho mais perspicaz não seja capaz de descobrir ou perceber o que não deve ser revelado, e se possível, deverá aproveitar-se o rumo da conversa, conduzindo-a prudentemente de modo a elogiar a Venerável Fraternidade. 

Esta regra de conduta perante estranhos não maçons ilustra a cautela que, desde o início da Maçonaria, os seus elementos tinham e têm que ter. A Maçonaria Especulativa nasceu e desenvolveu-se em tempos difíceis em Inglaterra, logo após longo período de guerra civis e de sangrentas dissensões e perseguições religiosas. A Maçonaria Especulativa nasceu e desenvolveu-se como ponto de encontro, lugar de refúgio, porto de abrigo, espaço de cooperação, para homens crentes, livres e de bons costumes que desejassem aperfeiçoar-se, trabalhando em conjunto e auxiliando-se mutuamente nesse trabalho de melhoria, independentemente das suas diferenças, das posições políticas de cada um, das diversas opções religiosas, do posicionamento na escala social que cada um tivesse.

Em tempos de conflitos e em que ainda estavam muito vivas as cicatrizes das lutas, muito evidenciadas as sequelas das divisões, em que ainda imperava o preconceito de que "quem não é por mim, é contra mim", era incompreensível, quiçá inaceitável, para muitos e para muito poderosos, a ideia de que o parlamentarista e o realista, o católico e o anglicano, o defensor dos Stuarts e o apaniguado dos Hannovers confraternizassem nas mesmas Lojas, se comportassem, não como inimigos figadais, adversários definitivos, contendores aguerridos, mas como irmãos diferentes entre si e que mutuamente se toleravam.

Eram tempos em que confraternizar, cooperar, simplesmente conviver com quem era ou pensava ou cria de modo diferente, e portanto devia ser considerado inimigo, constituía por si só uma traição - à opção política, à crença religiosa, à Coroa ou à Revolução, a qualquer partido ou grupo que se integrasse. Eram tempos em que ousar sair da norma dos grupos e ouvir e conviver e aprender com os diferentes não era concebível senão como abdicação, em que a tolerância era ainda um desconhecido e nascente conceito filosófico e, portanto, passível de severas represálias, desde o simples ostracismo até à prisão ou mesmo à morte.

Eram tempos em que os maçons tinham de manter secreta, desconhecida dos que o não eram, a sua condição e a sua mútua convivência. Publicamente, o anglicano só podia declarar o seu ódio a Roma, o católico só podia verberar a dissensão iniciada pelos desejos de Henrique VIII e ambos tinham que esconder que conseguiam cooperar e debater e aprender em conjunto, pondo de lado as suas diferenças religiosas, cada um aceitando que o outro era livre de fazer a sua escolha. O mesmo em relação às posições políticas ou lealdades a soberanos ou pretendentes à Coroa.

Tinham os maçons, assim, que se comportar, na presença de estranhos não maçons, de forma a que não fosse possível ser apercebido que os públicos adversários ou inimigos eram simultaneamente irmãos que se respeitavam e cooperavam, independentemente das suas diferenças. Era uma questão de sobrevivência. Infelizmente, ainda hoje, em muitos locais, ainda é. Acontecimentos recentes em Portugal mostraram que, em pleno século XXI, muitos que se proclamam cultos e modernos e fazedores de opinião afinal não sabem distinguir fraternidade de compadrio (quiçá porque não concebam amizades sem compadrios...), cooperação de diferentes de conspiração (porventura porque não sabem cooperar sem conspirar...), aprendizagem comum tolerante de diferenças de sórdidos planos de assaltos a vão poder, inevitavelmente destinados ao fracasso (talvez porque as suas vidas giram apenas em torno do Poder, da Imagem e do Dinheiro...).

Continua, infelizmente, a ser quase impossível para muitos conceber que a Vida é feita de muito mais do que de mesquinhos egoísmos, lutas de poder, imposição de convicções, desesperada busca por acumulação de bens materiais, enfim, e simplesmente, que cada um é o que é, não o que tem, por muito que tenha. E essa incapacidade desses muitos, alguns poderosos ou influentes, obriga a que infelizmente os maçons tenham que continuar a reservar para si o que para esses muitos é incompreensível (e por isso não compreendem), inaceitável (e por isso não aceitam), impraticável (e por isso não concebem que se pratique): pura e simples cooperação de diferentes na aprendizagem e melhoria mútua, pura e simples partilha do que cada um é, independentemente do que tenha, para que todos sejam um pouco mais, procurando todos aumentar o seu Ser, não o seu Ter.

Mas, se assim foi, se assim infelizmente ainda é, os maçons continuam a perseverar em entender que não será necessariamente sempre assim. Os maçons devem assim dar o seu exemplo, para que este possa servir de exemplo. Os maçons devem, sempre que possível e da forma que lhes for possível, lutar contra os preconceitos, o obscurantismo, a intolerância, da única forma que estes flagelos podem com êxito ser combatidos: com esclarecimento, com divulgação, contrapondo aos preconceitos a sua informação. Quem estiver pronto para rever os seus preconceitos, aproveitará. Quem não estiver, assim como assim, permanecerá embalado neles, pelo que não vale a pena preocupar-nos com esses.

É por isso que eu, que posso revelar a minha condição de maçom, o faço - mas mantenho a reserva sobre a identidade daqueles que, temendo serem prejudicados, eles e as suas famílias, ainda têm de manter reservada essa sua condição.

É por isso que eu não divulgo as formas como, em público, posso reconhecer outro maçom, sem que os circunstantes disso se apercebam - mas afirmo e repito que isso só é assim porque ainda é necessário que assim ainda seja.

É por isso que eu pratico e aprecio e aprendo com os rituais e cerimónias que pratico na minha Loja - mas não os divulgo publicamente, porque seriam pérolas insuscetíveis de serem devidamente apreciadas por quem não concebe possível que "se perca tempo" com algo que não dá dinheiro, não traz poder, não atrai fama social.

É por isso que eu guardo para mim e para os meus Irmãos aquilo de que tratamos, apesar de sabermos, eu e os meus Irmãos, que todos aqueles que, não sendo capazes de pensar mais, ou mais além das mesquinhices a que reduzem as suas visões da vida, confundem mera privacidade com secretismo - mas asseguro que eu e os meus Irmãos não conspiramos contra ou a favor do que quer que seja, não tratamos de compadrios ou benesses ou de corrupções, porque não é de bens materiais ou de posições sociais que o nosso interesse comum é feito.

Quem quiser acreditar, quem estiver pronto para melhorar a sua postura perante a vida, para investir no que ele próprio é e acreditar que pode ser cada vez mais - e que isso nada tem a ver com o que cada um tem ou com a forma como os demais cada um vêem -, porventura aproveitará. Os outros, que continuem alegremente embalados nos seus preconceitos, nas suas conceções das suas vidinhas, entretidos em jogos de poder, ocupados nas suas acumulações de bens materiais que um dia inevitavelmente deixarão.

Nós, maçons, acreditamos na capacidade de todos poderem melhorar, aprender, evoluir, ascender acima da mesquinhez dos bens materiais e descobrir a verdadeira essência do que é viver e ser humano. Cada dia cada um de nós procura ir um pouco mais além nesse caminho. É isso que para nós, maçons, é importante e por isso é isso que nos importa!

Fonte:

Constituição de Anderson, 1723, Introdução, Comentário e Notas de Cipriano de Oliveira, Edições Cosmos, 2011, página 135. 

terça-feira, março 13, 2012

Normas Gerais de Comportamento Ritualístico e Litúrgico

Independentemente de ritos, existem algumas normas de comportamento ritualístico, básicas para os trabalhos das Oficinas.

  1. Não são feitos sinais quando se circula normalmente pelo templo, por dever de ofício ou não. Os sinais de Ordem e a Saudação só são feitos quando o maçom está de pé e parado. Sinais ao andar, só durante a marcha do grau.
  2. Não são feitos sinais quando se está sentado. Nesse caso, para responder a uma saudação faz-se um leve meneio de cabeça.
  3. Não se fazem sinais com instrumentos de trabalho (inclusive malhetes), pois qualquer sinal maçônico deve ser feito com a mão.
  4. Não é regular a sessão maçônica aberta a um só golpe de malhete; todas as sessões, portanto, devem ser abertas e fechadas ritualísticamente.
  5. Não é permitido ao Maçom, paramentar-se no interior do templo; isso deverá ser feito no átrio, tanto por aqueles que participam do cortejo de entrada quanto por aqueles que chegam com atraso.
  6. Da mesma maneira, não se deve tirar os paramentos dentro do templo.
  7. Qualquer Maçom retardatário, ao ter o acesso ao templo permitido, deverá fazê-lo com as devidas formalidades do grau; é errado ele se dirigir ao seu lugar sem formalidades e sem autorização do Venerável.
  8. Em Loja Simbólica , no Livro de Presenças, só deve constar o grau simbólico do Maçom – Aprendiz, Companheiro, ou Mestre –ou a sua qualidade de Mestre Instalado (que não é grau), não sendo permitido o uso do Alto Grau em que ele esteja colado.
  9. Também não são permitidos paramentos de Altos Graus em Loja Simbólica.
10. É errada a prática de arrastar os pés no chão como sinal de desaprovação a um pronunciamento.
11. Também são errados os estalos feitos com os dedos polegar e médio, para demonstrar aprovação ou aplauso.
12. Qualquer Obreiro ao sair do templo durante as sessões, deve fazê-lo andando normalmente e não de costas como muitos fazem, alegando um pretendido respeito ao Delta.
13. Não é permitido retirar metais do Tronco de Solidariedadedurante a sua circulação. O Tronco deve ser sempre engrossado e nunca afinado por retiradas indevidas.
14. É errado, ao colocar a contribuição no Tronco, o Obreiroanunciar que o faz por ele e por Irmãos ausentes ou Lojas, pois a contribuição é sempre pessoal.
15. A transmissão da palavra Semestral através da Cadeia de União, exige absoluto silêncio; assim, é um erro arrastar os pésnessa ocasião.
16. Independentemente do grau em que a Loja esteja funcionando, o Obreiro que chegar atrasado à sessão deverá dar somente três pancadas na porta.
17. O Cobridor, quando não puder dar ingresso, ainda, a um Irmão retardatário, responderá com outras três pancadas no lado interno da porta.
18. Não pode haver acúmulo da sessão de iniciação com qualquer outra, a não ser a de filiação.
19. A circulação ordenada no templo, no espaço entre as Colunas do Norte e do Sul é feito no sentido horário, circundando o painel do grau, já que o Pavimento Mosaico, quando existir, ocupa todo o solo do templo.
20. No Oriente não há padronização da marcha.
21. Nos templos que possuem degraus de acesso ao Oriente (que não são obrigatórios), os Obreiros devem subi-lo andando normalmente e não com passos em esquadria.
22. O Obreiro que subir ao Oriente, deve fazê-lo pela região Nordeste (à esquerda de quem entra), saindo depois, pelo Sudeste(à direita de quem entra ou esquerda de quem sai).
23. Aprendizes e Companheiros não podem ter acesso ao Oriente que é o fim da escalada iniciática, só acessível aos Mestres. Da mesma maneira, os Aprendizes não devem ter acesso à Coluna dos Companheiros.
24. Com mais razão, os “profanos”, presentes às sessões abertas ao público (ou “brancas”), não podem ter acesso ao Oriente. Os homens sentam-se, exclusivamente, na Coluna da Força (a do 1° Vigilante); as mulheres, exclusivamente, na Coluna da Beleza (a do 2° Vigilante;
25. Nas sessões abertas ao público não é permitido correr o Tronco de Solidariedade entre os “profanos”. Isso é feito depois da saída deles.
26. Nenhum Obreiro pode sair do templo sem autorização do Venerável.
27. Se o Obreiro for sair definitivamente do templo, deverá, antes, colocar a sua contribuição no Tronco de Solidariedade.
28. Se a Loja possuir Cobridor Externo, este ficará no átrio durante toda a cerimônia de abertura da sessão, entrando depois, e ocupando o seu lugar, a noroeste; só sairá se alguém bater à porta do templo.
29. Sempre que um Maçom desconhecido apresentar-se à porta do templo ele deverá ser telhado pelo Cobridor. Telhar é examinar uma pessoa nos toques, sinais e palavras, cobrindo-se o examinador contra eventuais fraudes (telhar é cobrir, claro); o termo é confundido com trolhar que significa passar a trolha, aparando as arestas (apaziguando Irmãos em eventual litígio).
30. A hora em que os maçons simbolicamente iniciam os seus trabalhos, é sempre a do meio-dia porque esse momento do dia tem um grande significado simbólico para a Maçonaria: é a hora do sol a pino, quando os objetos não fazem sombra; assim, é o momento da mais absoluta igualdade, pois ninguém faz sombra a ninguém.
31. A maneira maçônica correta de demonstrar em Loja, o pesar pelo falecimento de um Irmão é a bateria fúnebre, ou bateria de luto: três pancadas em surdina (ou surdas), dadas com a mão direita, sobre o antebraço esquerdo (surdina é uma peça que se coloca nos instrumentos para tornar surdos, ou abafados os seus sons; em surdina, significa: com som abafado). O tradicional minuto de silêncio é homenagem “profana”.
32. Os Obreiros com assento no Oriente, têm o direito de falar sentados.
33. Irmãos visitantes só são recebidos após a leitura do expediente e nunca depois da circulação do Tronco, não devendo, também, participar das discussões de assuntos privativos da Loja visitada.
34. Um Obreiro do Quadro, se chegar atrasado à sessão, não poderá entrar durante o processo de votação de propostas, já que não participou da discussão; também não poderá ingressar depois da circulação do Tronco e durante a abertura ritualística.
35. Não é permitida a circulação de outros Troncos cuja finalidade não seja a de beneficência.
36. Em qualquer cerimônia maçônica em que sejam usadas velas,elas sempre serão apagadas com abafador e não soprando a chama.
37. Só o Venerável Mestre ou outro Mestre Instalado é quje pode fazer a sagração do candidato à iniciação, à elevação ou à exaltação. Também só um Venerável ou outro Mestre Instalado é que pode tocar a Espada Flamejante, símbolo do poder de que se acham revestidos, ao fazer a sagração.
38. Só o Maçom eleito para veneralato de uma Loja é que pode receber a dignidade de Mestre Instalado, depois de passar pelo Ritual de Instalação.
39. O certo é Aclamação e não exclamação, como dizem alguns rituais.
40. Depois que a palavra circulou pelas Colunas e está no Oriente, se algum Obreiro quiser acrescentar algo, deverá solicitar ao seu Vigilante que a palavra volte a elas; se o Venerável concordar haverá todo o giro regulamentar de novo. Não se justificam os famosos pedidos “pela ordem”, para falar sobre o mesmo assunto, pois esse pedido é apenas uma questão de ordem que só deve ser levantada para encaminhamento de votações e para chamar a atenção para eventuais alterações da ordem dos trabalhos.
41. Não é permitido aos Obreiros, passar de uma para outra Coluna ou até para o Oriente durante as discussões de assuntos em Loja, para fazer uso da palavra, para réplicas ou para introduzir um novo em foque da questão. Nesses casos, o correto é que a palavra volte ao seu giro normal, para que o assunto torne-se esgotado e fique definitivamente esclarecido.
42. Durante as essões de iniciação não pode ser dispensada nenhuma formalidade ritualística em função da crença religiosa do candidato; isso, em relação principalmente à genuflexão, que muitos acham que pode ser dispensada se a crença do candidato não permitir. Todavia, se o rito exigir que o candidato ajoelhe-se,ele será obrigado a fazê-lo mesmo contrariando sua formação religiosa. O que deve ser feito antes da aceitação do candidato, é o padrinho ou os sindicantes avisá-lo dessa exigência do rito, para que ele possa apresentar sua proposta a outra Ofician, cujo rito não exija a genuflexão.
43. A Cadeia de União deve ser formada exclusivamente para a transmissão da Palavra Semestral, com exceção do Rito Schroeder, onde ela é formada no fim de qualquer sessão.
44. Não pode, um Aprendiz, se impedido de falar, em Loja, já que é só simbólico o seu impedimento de fazer uso da palavra, já que em qualquer sociedade iniciática, o recém-iniciado,simbolicamente, só ouve e aprende, não possuindo, ainda, nem os meios e nem o conhecimento para falar. Esse simbolismo é mais originado do mitraísmo persa e do pitagorismo.
45. Não existe um tempo específico para a duração de uma sessão maçônica, já que dependendo dos assuntos a serem tratados, ela poderá durar mais ou menos tempo. Qualquer limitação do tempo de duração das sessões é medida arbitrária, pois cerceia a liberdade dos membros do Quadro, impõe restrições à Loja e interfere na sua soberania, quando tal medida é tomada pelas Obediências. Os Obreiros é que devem ter discernimento para evitar perda de tempo com assuntos irrelevantes; o Venerável também, tem que ter discernimento para evitar que a sessão se estenda sem motivo justificado. Mas isso é uma decisão da Ofician e não pode ser medida imposta pelas Obediências.
(Castelani)

domingo, março 11, 2012

10 rituais de iniciação incrivelmente dolorosos


O que é tabu para uma cultura é uma tradição para outra. Muitos lugares em todo o mundo tem em sua cultura ritos de passagem agonizantes, a fim de provar sua fé, destreza e maturidade, mesmo correndo o risco de dor extrema. A sensação terrível vale a pena, considerando as vantagens que vêm com o passar de uma iniciação. Geralmente, as meninas se tornam mulheres e estão prontas para se casar, enquanto os meninos evoluem para homens e, a partir da iniciação, são tratados como adultos e considerados membros valiosos da comunidade. Estes são apenas alguns dos ritos de iniciação mais dolorosos. 
10 - Escarificação

As tribos que vivem ao longo do rio Sepik em Papua Nova Guiné usam a tradição de escarificação para a passagem de meninos para homens durante décadas. A cerimônia consiste em efetuar cortes ao longo das costas, peito e nádegas seguindo o mesmo desenho para imitar a pele grossa de um crocodilo. Acredita-se que durante esse sangrento processo a juventude é deixada pra trás e a partir de então torna-se um homem.

Antes que ele possa ser tratado como um homem, no entanto, o rapaz é submetido à humilhação de um ritual que pode levar semanas. Eles são tratados como mulheres por toda a aldeia e precisam suportar as mais diversas humilhações dos outros homens, tudo isso para os fortalecer psicologicamente. A escarificação, em paralelo com as provocações os fortalece também fisicamente, porque requer extrema disciplina para conseguir cumprir o ritual, suportando centenas de cortes. As feridas são limpas após ter completado a escarificação, mas a dor continua por dias até a cicatrização completa. 
9 - O mergulho na terra

No sul do Oceano Pacífico, na ilha de Pentecostes, membros da tribo constroem uma torre de 60 a 90 pés (20-30 metros) de altura feitos de árvores em uma clareira. Pedras e madeira são retirados da terra e do solo antes que a torre seja construída. A estrutura frágil é então utilizada como forma mais extrema de bungee jumping do mundo, duas videiras e muita fé são suficientes para o saltador.

O ritual é feito para garantir que a colheita do inhame no ano seja bem sucedida, quanto maior o mergulho, melhor será a colheita. Também é utilizado para fortalecer espiritualmente os participantes, como dar o salto de fé. Embora não seja obrigado a mergulhar, aqueles que o fazem são reverenciados na comunidade e vistos como verdadeiros guerreiros. Afinal, mergulhar significa sacrificar sua vida para a tribo. 
Os riscos são evidentes. O saltadores estão sujeitos a membros quebrados e morte caso a "corda" não esteja com o tamanho certo.
8 - A cerimônia Okipa
10 Dolorosos Rituais

A cerimônia okipa dos índios Mandan é inciada com uma dança Bison, seguido por uma série de provações e dolorosas humilhações através do qual os guerreiros provam a sua coragem física e ganham a aprovação dos espíritos. A okipa começa com os jovens que precisarão fazer jejum não podem comer, beber ou dormir por quatro dias. Eles são, então, levados para uma cabana, onde devem se sentar e ficarem sorrindo enquanto a pele do peito e dos ombros são cortadas, e espetos de madeira são enfiados são enfiados por trás dos músculos. Usando os espetos para suportar o peso de seus corpos, os guerreiros são suspensos e ficam lá até desmairem. Para dar mais agonia, pesos são presos as pernas. Depois que desmaiam, os guerreiros são soltos e ao acordar estará provado que os espíritos o aprovam. Após o despertar, o guerreiro terá que sacrificar o seu dedo mindinho em ambas as mãos, será cortada a ponta por um machado. Finalmente, o guerreiro é levado para fora da cabana e deverá correr uma determinada quantidade de vezes ao redor da praça central da aldeia.
7 - Infibulações Romanas

Os antigos romanos também tinham o seu método próprio de iniciação. A infibulação é o processo de sutura do prepúcio. Usando um barbante, fio ou fecho de metal, o prepúcio era fechado. Na maioria dos casos era a própria pessoa que fazia.
10 Dolorosos Rituais

Isso foi feito por várias razões. Para cantores, a infibulação ajudava a manter a sua voz através dos anos. Os gladiadores mantinha assim seu poder e vitalidade. Em alguns casos, um pênis exposto poderia ser vulgar, especialmente a cabeça do pênis, assim a infibulçação era feia para mostrar humildade e moderação. No caso dos jovens o processo era pra impedí-los de se masturbarem e ter relações sexuais. Sutura o próprio prepúcio era uma demonstração de maturidade.
6 - Escarificação dos dentes

As mulheres da tribo Mentawai, Sumatra, são submetidas a uma prática agonizante conhecida como escarificação dos dentes. O xamã local afia uma lâmina bruta da melhor maneira possível para fazer a escarificação menos dolorosa possível. Nenhum tipo de anestesia é dado para a mulher para diminuir a sensação na boca antes de ele pegue uma pedra e comece a cortar. Usando cuidadosos golpes, a lâmina vai esculpindo os cantos dos dentes, deixando-os pontudos semelhantes a dentes de tubarão.

Isso é feito para deixar as mulheres mais atraentes. Eles também acreditam que os dentes afiados agradam os espíritos das tribos e trazem equilíbrio à vida de uma mulher. Essa é velha tradição do Mentawanos e está sendo mantido ao logo dos anos, mas a prática não é mais tão comum. Hoje, cabe à menina decidir se quer ou não que seus dentes sejam "esculpidos" para deixá-la mais bela. 
5 - Circuncisões Xhosa

Para o povo Xhosa da África do Sul, é sempre uma festa quando um menino tem a oportunidade de se tornar um homem. O iniciado (abakwetha), é raspado e uma festa é oferecia a ele, antes de ser levado para as montanhas onde uma cabana é construída para ele por sua família. A barraca será sua casa durante as próximas semanas, assim se fortalece mantendo insetos e animais afastados (principalmente para proteger da doença).

Sem nenhuma preparação, o cirurgião aparece e faz a circuncisão. O prepúcio é retirado, muitas vezes com uma lâmina cega, e o menino é deixado sozinho. Ele se refugia em sua cabana, onde não pode comer ou beber água até que esteja curado. O risco de infecção é alto. Como a mesma lâmina é usada na transição de vários meninos em homens, pode muitas vezes contrair DST's. Um dos grandes receios dos meninos que irão passar pelo procedimento é saber que alguns dos abakwetha anteriores tenham sido hospitalizados por causa da circuncisão. 
4 - Luta de chicotes Fulani

O povo Fulani, de Benin, têm vivido nômade na África Ocidental durante anos. Para que seus meninos sejam considerados homens, eles devem suportar uma partida sangrenta e extremamente dolorosa que irá testar sua força, auto-controle e coragem. O ainda menino pega uma longa vara e a deixa de uma forma que garanta o golpe mais doloroso a cada chicotada. Depois de ter sua arma, os clãs de todo se reúnem para a cerimônia, onde dois jovens se açoitarão.
Seu objetivo é bater no seu adversário o mais forte que puder, e estremecer o menos possível quando ele o acertar. Três golpes são trocados entre cada menino. O público decide quem demonstrou mais coragem através do calvário, e ele é o vencedor da partida. 

3 - Circuncisões nas mulheres da tribo Sabiny

As meninas da tribo Sabiny, na Uganda, são submetidas a mutilação genital para atingir a feminilidade. A dor é justamente parte da tradição. Se ela conseguir sobreviver a esta provação, ela se mostrará forte o suficiente para suportar qualquer obstáculo que enfrentar para o resto de sua vida.
As circuncisões femininas são completas quando o clitóris é cortado e removido parcialmente ou totalmente. Os Sabiny acreditam que desta forma uma mulher será sempre fiel ao marido. 


2 - Iniciação de sangue

Voltando para Papua Nova Guiné , uma tribo nas montanhas suguem uma tradição tão horrível quanto as escarificação anterior. Os Matausa acreditam que se um garoto não completar a iniciação de sangue, ele poderá sofrer as conseqüências por toda a vida. Ele nunca será visto como um homem, e ele não sentirá o mesmo vigor e força que os outros. É por isso que os meninos ficam ansiosos para atravessar o início, independentemente da dor, para se tornarem guerreiros.

Para isso, eles precisam se purificar de quaisquer influências que possam ter de suas mães.
Primeiro, eles enfiam dois finos bastões de madeira goela abaixo até a boca do estômago induzindo assim o vômito várias vezes para esvaziar o estômago. Depois é inserido um ramo de galhos finos no nariz para expelir mais má influência. Finalmente, eles devem suportar repetidas flechacas na na língua. Este ritual sangrento os purifica e os transforma em verdadeiramente homens. 


1 - Luva de formigas

A tradição da tribo brasileira Sateré-Mawe, que transforma meninos em guerreiros, tem chamado atenção ao longo dos anos.
Exploradores, aventureiros e documentaristas vão para a Amazônia para ver o que é considerado um dos mais dolorosos rituais de passagem do mundo. O que faz a iniciação tão tortuosa? A culpa dessa fama é da formiga bala.
De acordo com o Schmidt Sting, a formiga bala tem a pior picada entre os insetos. A dor de uma única picada é comparável ao ser baleado com um tiro (por isso o nome). A intensa dor dura um total de 24 horas, e pode levar a náuseas, vómitos e arritmia cardíaca. Tudo isso por causa de uma picada. Os Sateré-Mawé não usam apenas uma formiga.

Utilizando sedativos naturais, mais de trinta formigas bala são submersas em um líquido até que fiquem inconscientes. Uma luva é tecida em seguida, colocam as formigas nas aberturas apertadas com os ferrões apontando para dentro. Quando as formigas acordam, elas lutam desesperadamente para se libertar da luva. O menino que será iniciado tem as mãos revestidas de uma fina camada de carvão antes de colocar as mãos nas luvas recheadas com a formiga bala. Ele deve suportar as suas picadas por dez minutos. O objetivo é evitar gritar ou mostrar sinais de fraqueza. Ele e os membros da tribo cantam e dançam. Quando o ritual terminar ele sofrerá com a dor das picadas durante um dia inteiro, mas ele estará um passo mais próximo de ser um guerreiro, este processo deve ser repetido mais 20 vezes nos próximos meses para só então ser considerado um guerreiro. 

Adaptado de listverse


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