sábado, dezembro 26, 2015


Como a Maçonaria deve então vivenciar o natal?
(adaptado do artigo de Fadista, A.R)


Como vimos os costumes ligados à celebração do Natal são resultantes das influências da festa da Natividade de Cristo com as comemorações pagãs - solares e agrícolas - do solstício de inverno.
O Natal é a época do ano em que mais prevalecem os sentimentos de Paz e de Boa Vontade entre os Homens, princípios básicos que devem nortear a vida de todo Maçom. Mas hoje, sem dúvidas, o Natal é muito mais do que isso.
Basta lembrar que os deveres do Maçom para com o próximo incluem o socorro aos necessitados. Devemos também lembrar que todo o socorro negado aos necessitados é um perjúrio para o Maçom.
Assim, esta é a ocasião apropriada para que possamos refletir sobre o que fizemos e sobre o que deveríamos ter feito durante todo o ano. Mais importante ainda, este é o momento de estabelecermos nossos objetivos para o ano que se aproxima. E isto não só individualmente, mas também como Instituição que se proclama Filantrópica, Filosófica, Educativa e Progressista.
Essa assistência aos necessitados não pode ser restrita ao mínimo necessário que lhes assegure a sobrevivência. Ela deve ser estendida à saúde, à educação profissional, à moradia. Diante disso, vejam como é difícil sermos Maçons na acepção plena da palavra – podemos aqui refletir:

“Temos sido Maçons de fato, ou nossa vida como Maçons se restringe à nossa presença em loja e à nossa ritualística?”

É evidente que, em nível individual, todos podemos - e devemos - ser solidários com qualquer ser humano. No entanto, como Instituição, a Filantropia Maçônica deve ser dirigida principalmente aos Irmãos e às suas famílias.
A Caridade ou Filantropia é uma das virtudes teologais e sua prática é fundamental ao aperfeiçoamento moral e espiritual do Maçom. Por isso mesmo, a ela estão obrigados todos os membros de nossa Instituição. A caridade coloca o ser humano acima das diferenças étnicas, sociais ou políticas.
Nossa antiga Irmandade, sabiamente adotou rituais para melhor instruir e ajudar os Irmãos a converter em virtudes, os defeitos e as falhas de caráter que são inerentes ao ser humano, desde o seu nascimento.
O Natal surge, então, como o momento adequado para analisarmos nossa situação em relação aos compromissos assumidos perante a Ordem e perante ao Grande Arquiteto do Universo. Este é o momento certo para refletirmos se, ao menos, tentamos cumprir os deveres que a solidariedade maçônica exige de nós.

“As conclusões a que chegarmos poderão ser decisivas em relação à nossa futura conduta”.

Concluindo, o Natal é uma época maravilhosa. Ele nos proporciona a oportunidade de comemorá-lo em grande estilo e, ao mesmo tempo, nos oferece a preciosa chance de praticar a caridade, e de ajudar aos menos afortunados a comemorá-lo com um pouco de alegria, sem nos esquecermos do real motivo de sua comemoração, ou seja, o nascimento do filho de Deus na terra.
Durante os dias que faltam para esta grande festa, vamos relembrar o clima que envolve o Natal, e refletir sobre o ano que passou. Vamos também avaliar se o nosso estilo de vida deverá ficar restrito ao espírito de boa vontade que prevalece nesta época, ou se devemos pautar nossa vida pela prática, continua e incessante, dos ensinamentos dos nossos rituais.
Acima de tudo, lembremos que o verdadeiro trabalho maçônico é aquele realizado em prol da humanidade. Só assim poderemos esperar que se materializem nossos propósitos de aperfeiçoamento espiritual. Então, e só então, poderemos comemorar o Natal, felizes e com alegria, não esquecendo de dispor de algum tempo para cumprir o verdadeiro sentido do Natal - a veneração ao Menino Jesus - a quem ele é dedicado.

Que Deus, o Grande Arquiteto do Universo, esteja presente, nos fortaleça e nos abençoe.

“Feliz Natal para todos”,,

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