quinta-feira, agosto 18, 2011


                                  M O R T E

           A MORTE é uma experiência Universal. Ninguém pode pretender escapar-lhe. È apenas uma questão de tempo, até que Ela chegue para nós e para aqueles a quem amamos. No entanto, ela é chamada RAINHA DOS TERRORES e é a suprema ameaça da lei ao malfeitor. Que é que torna um processo natural tão terrível? Será a dor de morrer? Não, porque os anódinos podem amortecê-la. Muitos leitos de morte estão em paz quando à hora de seu ocupante chega, e poucos espíritos se retiram em luta. O que é, então que tememos na morte, que a torna para nós um motivo de pesar e de medo?
          Primeiramente, tememos o Desconhecido.
         
          Quem sabe se virá sonho importuno ainda perturbar da morte o sono.”

          Em segundo lugar, tememos a separação daqueles que amamos. Essas são as coisas que tornam a morte algo terrível. Se nossas mentes estivessem em paz com relação a esses dois pontos, como seria diferente a nossa transposição desse Limiar>.
         Temos registros se que o grande benefício dos Mistérios Gregos era liberar seus iniciados do temor da morte. Diz-se que nenhum iniciado teme a morte. O que era ensinado naqueles ritos que fosse capaz de tirar da morte seus terrores?
         No centro da Grande Pirâmide de Gisé há um ataúde de pedra vazio. Os egiptólogos nos dizem que estava prepara do para um Faraó que nunca chegou a ocupá-lo. Falou-se também que uma medida para o trigo. Não era nenhuma dessas coisas, mas sim o altar da Câmara de Iniciação. Nela deitava-se o candidato enquanto sua alma era despedida na jornada da morte e recuperada, e isso constituía o grau supremo dos Mistérios. Após essa experiência, ele nunca mais tornaria a temer a morte. Ele saberia o que ela é.
          É o conhecimento guardado nos grandes Mistérios.
          Para o homem que tem este conhecimento a morte é como o embarque de um homem rico em um transatlântico. Ele é educado, sabe para onde vai , aquiesce com a jornada compreendendo sua necessidade e vantagens. Seus conhecimentos e recursos o habilitam o habilitam a viajar com conforto e segurança. Ele pode manter contato com os amigos o seu talante. Ele pode voltar para eles sempre que desejar. Para ela não há separação definitiva de sua terra natal.
         Os antigos egípcios depunham em todo ataúde um livro chamado O LIVRO DOS MORTOS (LIVRO EGIPÍCIO DOS MORTOS - EDITOR PENSAMENTO) o ritual de Osíris no Mundo Subterrâneo que instruía a alma em relação à sua jornada pelo reino das sombras deveria chamar-se, com mais propriedade, O LIVRO DOS SEMPRE VIVOS, pois a alma era concebida como passando por certas etapas neste ciclo de vida que transcorre no Invisível.
          Seria bom que fossemos ensinados, desde a infância e pensar na nossa vida como um sobe e desce semelhante ao de um barco que se enche na crista de uma onda. Ora descendo até a matéria pela porta do nascimento: ora tornando a ascender ao mundo invisível pelos portais da morte, para de vez em quando, voltar e afastar-se novamente ao ritmo cíclico do fluxo da vida em evolução.
           Sem a instrução dos Mistérios nossas vidas estão limitadas pelo horror do nascimento e o terror da morte. Quão generosa porém é a dádiva da sabedoria oculta que revela a estrada da evolução da vida a estender-se diante de nossos pés e que dissipa as ondas do invisível. A morte provocada por Deus é um sono profundo enquanto o cordão prateado se desata e a alma é libertada. Deste sono despertamos refeitos, com os problemas terrenos ultrapassados, como as lembranças do dia anterior de uma criancinha, e embarcamos numa fase da existência. È bom nossos amigos nos dêem o adeus e permitam à nossa alma ir livremente para seu devido lugar. Será ruim para nos se a dor dos que deixamos para trás anuviar o brilho desse despertar matutino. Assim como cremos ter o direito de, na enfermidade, contar com o desvelo daqueles que nos é aparentado, assim deveríamos ter o direito de esperar, da parte deles, ânimo na aflição.
           Porque o pesar é deles, não nosso. Por quem nos condoemos num funeral? Pelo Morto Eternamente Vivo, em seu brilhante despertar? Ou por nós mesmos, em nossa solidão? Por certo nos condoemos senão por nós mesmos, pois tudo vai ficar bem com os mortos: eles participam para o seu devido lugar e estão em paz.
           Os que ficam é que sofrem. Que como todo tipo de dor  eles devem ser suportados com bravura, e especialmente neste caso, pois suas reverberações  podem afetar os outros tanto quanto a nós próprios, e podem ser como uma pedra de moinho atada no pescoço do espírito  que está procurando elevar-se nas asas vigorosas da aspiração, desejemo-lhes feliz viagem e boa sorte e aguardemos uma nova reunião.
           E, sobretudo, não esqueçamos nunca que no devido tempo os mortos voltarão, e nunca saberemos, mirando-nos através dos olhos de uma criancinha, uma alma que havíamos conhecido antes. Portanto buscando expressão para o amor que agora já não tem expressão para o amor para a tarefa de tornar o mundo um lugar melhor para o regresso daqueles que amamos.
            Ao menos esse serviço podemos prestar-lhes. Que nenhuma lamentação de nossa  parte lhes amargure a jornada e que, no mundo  sejam, tanto quanto esteja ao nosso alcance, suavizado para o  retorno.



A.R.L.S. Fraternidade Maçônica 11
Grande Loja Regular do Rio Grande do Sul
Confederação da Maçonaria Regular do Brasil
Oriente de Cruz Alta
Ronaldo Lima – venerável Mestre
OUSAR QUERER SABER CALAR 

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