ALQUIMIA – por Martha Follain
Já na pré história o ser humano desenvolveu uma cultura mística. O medo do desconhecido e a necessidade de dar sentido ao mundo que o cercava, levaram o homem primitivo a criar sistemas de crenças e rituais “mágicos”. O homem buscava o significado dos fenômenos da Natureza e de sua própria existência.
Uma descoberta primordial do Período Paleolítico foi o fogo - depois disso, o homem passou a assar e cozinhar seus alimentos. Junto ao fogo os grupos de hominídeos se reuniam, protegiam-se do frio, dos ataques de predadores, e através da linguagem desenvolviam suas crenças. Com a utilização do fogo, o ser humano, passou a ter mais controle em relação ao que acontecia à sua volta, e muito provavelmente acreditava na vida após a morte, pela maneira como enterrava seus mortos: debaixo de grandes lajes de pedras suspensas, com suas roupas, armas, enfeites, alimentos e oferendas.
A capacidade de antever (que aconteceu com a evolução dos lobos pré frontais do cérebro) teve como consequência a consciência da morte. O homem é o único animal com percepção clara da inevitabilidade de sua morte e as cerimônias fúnebres sugerem não apenas a consciência da morte, mas também a crença em uma vida além da vida.
À medida que o homem passou a organizar sua existência numa base mais racional, sentiu a necessidade de ir além das relações com as forças que povoavam o Universo. Assim nasceram as religiões e as concepções místicas, que supõem relações misteriosas entre as partes visíveis e invisíveis do Universo e, assim nasceu a Alquimia.
O surgimento da Alquimia se perde no tempo, sendo ela tão antiga quanto a história da humanidade . Seu verdadeiro início é desconhecido e envolto em mistério. A Alquimia, talvez possa ser, remanescente do grande conhecimento alcançado por alguma civilização que tenha florescido e desaparecido da Terra, há milhares de anos. Contudo, alguns pesquisadores afirmam que suas origens podem estar na Grécia (com o deus Hermes) e no Egito (com o deus Thot), embora outros autores apontem a Arábia como berço dessa disciplina. Na verdade, os árabes juntaram as duas tradições e deram consistência à Alquimia, que teve provas documentais a partir do século I a.C., através de estudos realizados na Biblioteca do Vaticano, conduzidos por Marie-Louise von Franz (1915-1998: psicoterapeuta analítica, pesquisadora e escritora da Alemanha, importante continuadora do trabalho de Carl Jung).
A Alquimia se faz presente nos Vedas indianos, os mais antigos registros escritos da humanidade. Ela está impressa também no Tao Te King, no I Ching, na Tábua de Esmeralda, na mitologia grega, na história egípcia, entre hebreus, persas, etc..
Na Europa, a Alquimia começou a chegar no século X, em textos de origem árabe, levados pelos cruzados.
No século XIII, seu estudo já se tornara tão disseminado que a Igreja resolveu proibir o estudo da Alquimia, apesar do grande número de sacerdotes que se envolvia nessas pesquisas. A Alquimia foi proibida em 1326 sob o pontificado de João XXII, após a divulgação da bula “Spondent Pariter” onde os alquimistas eram acusados de enganar o povo, utilizando-se de ouro alquímico para fabricar moeda falsa. Apesar disso, um tratado alquímico é atribuído a esse papa: “As Transmutatórias” .
A Alquimia é a responsável pelas bases da Química moderna e deixou muitas contribuições como subprodutos de seus estudos, dentre eles: a pólvora, a porcelana, vários ácidos (ácido sulfúrico), gases (cloro), metais (antimônio), técnicas físico/químicas (destilação, precipitação e sublimação), além de vários equipamentos de laboratório. Mas não só a Química: algumas descobertas ditas modernas já eram conhecidas dos magos - os sacerdotes e alquimistas etruscos já conheciam a eletricidade desde o século II a.C.. Além disso, os alquimistas contribuíram com a Medicina contemporânea e deixaram como legado alguns procedimentos que são utilizados até hoje, como o banho térmico com água, muito utilizado nos laboratórios e nas cozinhas, o “banho-maria” (em alusão à alquimista conhecida como “Maria, a Judia”).
Alguns pesquisadores afirmam que a palavra “alquimia” resulta do termo egípcio “kême”, que significa “o país negro”, nome dado ao Egito na antiguidade, ou a expressão árabe “al khen”, que significa também “terra negra”. Outros acham que está relacionada ao vocábulo grego “chyma”, “derreter”, que diz respeito à fundição de metais.
E o que é Alquimia? Alquimia é a arte e a ciência da transmutação de metais e também das mudanças psicológicas. Ou, na concepção de filósofos antigos - um aumento de vibrações. Eles achavam que tudo provém de uma semente e seu crescimento depende do aumento de vibrações provocado pela energia cósmica, mais intensa em determinadas épocas do ano. Essa definição pressupõe a crença na energia vital que desce dos céus, exercendo grande influência sobre todas as coisas. O alquimista possuiria a capacidade de penetrar a substância e modificar a frequência da energia.
Os três principais objetivos da Alquimia eram:
- transmutação dos metais inferiores em ouro;
- obtenção do Elixir da Longa Vida, uma panaceia universal, um “remédio” que curaria todas as doenças e daria vida eterna àqueles que o ingerissem.
Esses dois primeiros objetivos poderiam ser atingidos ao obter-se a Pedra Filosofal, uma substância mística que amplificaria os poderes de um alquimista;
- o terceiro objetivo era criar vida humana artificial, os “homunculi”, homúnculus;
Havia ainda um quarto objetivo, que não era um objetivo filosófico: fazer com que a realeza conseguisse enriquecer mais rapidamente.
A Alquimia utilizou metáforas e símbolos, pois era uma linguagem que deveria ser difundida, mas ao mesmo tempo reservada somente a iniciados. O fundamental foi o triângulo usado de quatro formas para significar os quatro elementos: Fogo, Ar, Água e Terra. Os dois primeiros com os vértices para cima, os dois últimos com os vértices para baixo. Sobrepostos, formam o Símbolo de Salomão, Estrela de Seis Pontas, ou ainda Estrela de Davi.
Mas é evidente que não se limitou apenas a esses quatro símbolos. Sendo matéria que atravessou milênios, vem acumulando e acrescentando figuras às suas alegorias.
O objetivo da “Grande Obra” alquímica é a obtenção da Pedra Filosofal. Na realização da “Grande Obra”, o alquimista consegue obter a “Pedra Filosofal” (no sentido metafórico) e modifica sua própria energia, eliminando a cobiça e a ambição. Para ele o ouro material passa a não ter valor quando comparado ao ouro interno, ou seja, a senda espiritual é que é essencial e não as coisas materiais. Somente os homens de bom coração e intenções impolutas serão capazes de realizar a “Grande Obra”. A conclusão da “Grande Obra”, ou seja, o entendimento dos segredos alquímicos, significa adquirir os conhecimentos das leis universais e penetrar em uma dimensão espaço/tempo sagrada. O alquimista com a finalidade da realização da “Grande Obra”, se desdobrava em três princípios de dedicação:
1- “ ao mundo intelectual, dizendo ao homem: “levanta-te até Deus por meio do êxtase e da sublime comunhão que existe entre a Natureza e o altruísmo”;
2- ao mundo astral ou psíquico: o aprendiz devia conquistar a santidade dominando os sentidos, e entrar no mundo astral, libertando a alma das cadeias corpóreas;
3- ao mundo físico, mediante a transmutação dos corpos e dos metais, operada com a síntese química. A capacidade de produzir o ouro perfeito: o alquimista deveria saber produzir o ouro filosófico e o ouro astral.
Para se ter uma ideia do difícil aprendizado, a iniciação de Pitágoras no Egito, durou cerca de vinte anos”.
O procedimento alquímico busca estudar a estrutura do Cosmo e a constituição do ser humano. Alguns estudiosos postulam que o Elixir da Longa Vida e a Pedra Filosofal são temas simbólicos, metáforas para um caminho espiritual interior, sendo a Alquimia, na realidade, um processo íntimo, uma transformação da consciência. Ignorância sendo transmutada em sabedoria.
Toda iniciação é um processo alquímico. Ela é considerada como um novo nascimento, um recomeço para aquele que recebeu a Luz e agora pode redirecionar seu caminho, com uma outra consciência. Constitui a morte dos conceitos antigos e o renascimento para novos conhecimentos.Termo que provém do latim “transmutatio”, ato ou efeito de transmudar-se - transformação de uma substância numa outra substância.
O alquimista procura mudar a si mesmo, procurando a verdadeira fonte da vida, tanto no macro quanto no microcosmo. O mundo é como um grande organismo , o macrocosmo, enquanto que o homem é um pequeno mundo, microcosmo. O resultado prático da Alquimia Interior é que ela ensina a transformar energia destrutiva em construtiva, portanto ela se constitui em um dos elementos que trabalha para a melhora dos homens e do Planeta. O Elemento da “Grande Obra” é o Ser Humano Verdadeiro, o Ser Humano Primordial, Universal; o Elemento Macho está relacionado ao Enxofre e o Elemento Fêmea ao Mercúrio. A Alquimia Interior trabalha no indivíduo em processo de transformação, também utilizando símbolos e arquétipos. Devemos a C.G. Jung a utilização da Alquimia na prática terapêutica, pois Jung percebeu na Alquimia um processo que acompanha o desenvolvimento psicológico, e o denominou Individuação.
O alquimista adquire conhecimentos irrestritos da Natureza colocando-se em um ponto especial de observação, observando tudo de maneira singular. Encontrar a Pedra Filosofal significa, simbolicamente, descobrir o segredo da existência, um estado de perfeita harmonia física, mental e espiritual, a felicidade perfeita, descobrir os processos da Natureza, da vida, e com isso recuperar a pureza primordial.
A Alquimia significa encontrar parâmetros em si mesmo através do autoconhecimento, e num sentido mais amplo, significa um sistema de autotransformação.
A seguir, apenas para fins ilustrativos, alguns alquimistas famosos, em ordem alfabética (segundo Elder Fraga, terapeuta holístico):
Afonso X (1252-1284), rei de Castela, chamado O Sábio;
Albertus Magnus (1193-1280) monge dominicano;
Alexandre de Afrodisisas (séc. II) inventou o alambique, destilou água marinha. Ocultista que não desfrutou grande fama. Viveu entre os séculos. II e III;
Arnald de Villanova (1245-1313) médico, astrólogo, teólogo e diplomata;
Avicena (980-1087) médico, também, iniciado na fraternidade Sufi. Era chamado O Príncipe dos Médicos;
Bolina (séc. III) conhecido como o Sábio;
Borri. Nasceu em maio de 1627, jesuíta e filósofo hermético italiano. Frequentou os laboratórios reais. Fez uma projeção por meio de líquidos com os quais encheu 2 ânforas, que fechou com 2 chaves, dando 1 a rainha e a outra conservando-a com ele, pois o resultado devia ser observado depois de certo tempo. Depois de muito tempo, a rainha, vendo que o alquimista não voltava, zangou-se por ter sido ridicularizada; fez abrir a caixa e apoderou-se dos vasos e constatou em um havia se transformado em ouro e o outro em prata; e os 2 metais eram perfeitos em suas respectivas qualidades;
Calid séc. X, sultão do Egito;
Carl Gustav Jung (1875-1961) utilizou os princípios da Alquimia no processo de análise;
Conde de St. Germain (1698-1784). Voltaire descreveu St. Germain como “ o homem que não morre “. Em janeiro de 1661 foi condenado a morte por prática de heresia, espagiria (nome com que se designava, antigamente, a alquimia ou a química) , e astrologia. Sendo aprisionado, fugiu miraculosamente, andou vagando por diversos lugares, foi ministro e conselheiro do rei da Dinamarca;
Demócrito (séc. V a.C.) era filho de nobre da Persa e foi iniciado nos mistérios egípcios; morreu com 109 anos;
Dioscórides, médico grego, viveu cerca de 50 anos a.C.;
Doutor Papus. Nasceu em 1838 recebendo o nome de Gerardo Enxausse;
Enoch, que significa “Inicie” ou “Iniciador”. Foi um rei hebreu que construiu um santuário subterrâneo onde colocou sob dois pilares, segredos (princípios da Alquimia) que seriam uma herança para o desenvolvimento da humanidade. Este é o mesmo mencionado no Gênesis, na Bíblia, o sétimo da geração de Adão. Sua vida revela riquezas de detalhes na semelhança com Thoth;
Filofotes (1869-1894) nome verdadeiro Alberto Poisson;
Flamel. Nicolas Flamel nasceu em 1330 em Pontoise. Após a morte de seus pais, ainda jovem foi trabalhar em Paris como escrivão. Aos 28 anos compra um antigo livro de autoria de Abraham, o Judeu, que continha textos intercalados com desenhos de serpentes, virgens, desertos e fontes d'água. Achou muito intrigante o livro e passou a estudá-lo, descobrindo que se tratava de Cabala e Alquimia. Nesta época, ele nem sabia o que realmente significava a Alquimia. Estudou anos a fio e descobriu que o livro relatava diretamente a “Grande Obra”, sem contudo indicar a matéria-prima.
Casou-se com Dame Perrenelle, que era viúva, por volta de 1364 e a partir de então consegue uma pequena quantia de dinheiro para se dedicar totalmente à Alquimia. Percorre o caminho de Santiago de Compostela, padroeiro dos alquimistas, e encontra um mestre que lhe passa ensinamentos sobre a matéria prima. Flamel, a partir de 1380, começa a se dedicar a experimentos alquímicos, consegue produzir prata em torno de 1382 e depois finalmente a transmutação em ouro. Cerca de 10 anos mais tarde ao início dos experimentos, começa a realizar um grande número de obras de caridade como a construção de hospitais, igrejas, abrigos e cemitérios e os decora com pinturas e esculturas contendo símbolos alquímicos.
Flamel, apesar de sua súbita fortuna, possuía uma modesta residência e usava roupas humildes. Mas suas vultuosas doações levantaram suspeitas do rei Carlos V que havia proibido, já em 1379, todas as práticas alquímicas mandando inclusive, destruir todos os laboratórios que supostamente fabricassem ouro alquímico. O rei enviou o chefe das finanças para investigar a origem de sua fortuna. Acredita-se que Flamel tenha sido franco com o emissário do rei, tendo inclusive lhe dado um pouco da pedra filosofal. Este voltou sensibilizado com a dignidade de Flamel, nada relatando ao rei e durante muitas gerações a pedra ficou guardada em sua família.
Escreveu “O Livro das Figuras Hieroglíficas” em 1399, “O Sumário Filosófico” em 1409 e “Saltério Químico” em 1414 .
Relatos mencionam que o casal, aos 60 anos de idade, possuía um aspecto jovem não condizente com as pessoas da mesma faixa etária da época. Flamel faleceu em 1417, porém alguns viajantes relatam terem-no encontrado no oriente com sua esposa , após sua suposta morte. Ele teria sido um ser iluminado que quis viver entre os homens.
Acredita-se que todo o relato de Flamel desde o encontro do livro até a peregrinação a Santiago de Compostela e seu encontro com o mestre são alegorias para explicar a matéria prima e o conhecimento adquirido através do estudo da alquimia;
Casou-se com Dame Perrenelle, que era viúva, por volta de 1364 e a partir de então consegue uma pequena quantia de dinheiro para se dedicar totalmente à Alquimia. Percorre o caminho de Santiago de Compostela, padroeiro dos alquimistas, e encontra um mestre que lhe passa ensinamentos sobre a matéria prima. Flamel, a partir de 1380, começa a se dedicar a experimentos alquímicos, consegue produzir prata em torno de 1382 e depois finalmente a transmutação em ouro. Cerca de 10 anos mais tarde ao início dos experimentos, começa a realizar um grande número de obras de caridade como a construção de hospitais, igrejas, abrigos e cemitérios e os decora com pinturas e esculturas contendo símbolos alquímicos.
Flamel, apesar de sua súbita fortuna, possuía uma modesta residência e usava roupas humildes. Mas suas vultuosas doações levantaram suspeitas do rei Carlos V que havia proibido, já em 1379, todas as práticas alquímicas mandando inclusive, destruir todos os laboratórios que supostamente fabricassem ouro alquímico. O rei enviou o chefe das finanças para investigar a origem de sua fortuna. Acredita-se que Flamel tenha sido franco com o emissário do rei, tendo inclusive lhe dado um pouco da pedra filosofal. Este voltou sensibilizado com a dignidade de Flamel, nada relatando ao rei e durante muitas gerações a pedra ficou guardada em sua família.
Escreveu “O Livro das Figuras Hieroglíficas” em 1399, “O Sumário Filosófico” em 1409 e “Saltério Químico” em 1414 .
Relatos mencionam que o casal, aos 60 anos de idade, possuía um aspecto jovem não condizente com as pessoas da mesma faixa etária da época. Flamel faleceu em 1417, porém alguns viajantes relatam terem-no encontrado no oriente com sua esposa , após sua suposta morte. Ele teria sido um ser iluminado que quis viver entre os homens.
Acredita-se que todo o relato de Flamel desde o encontro do livro até a peregrinação a Santiago de Compostela e seu encontro com o mestre são alegorias para explicar a matéria prima e o conhecimento adquirido através do estudo da alquimia;
Geber (séc. VIII) médico iniciado na fraternidade Sufi (representa o sistema ascético de misticismo islâmico que acentua contemplação como um veículo para união extática com o Divino);
Hermes Trismegistos (Hermes = o interprete. Trismegistos = 3 megas = 3 vezes grande, ou o que possui os 3 reinos de sabedoria: mineral, vegetal e animal). É atribuída sua existência no ano de 1900 a.C.; Hermes é o mesmo Thoth dos egípcios e sua existência acompanha a vida religiosa do Egito;
Giovanni Battista della Porta (1540-1615) conhecido como Magus Veneficus;
Guido Bonatti de Forlì (1223-1296);
Irineu Filalet (1612-1680);
Isaac Newton (1642-1727). Físico e matemático inglês, um dos maiores gênios de todos os tempos. Nasceu prematuramente, já órfão de pai, no ano de 1642. Fez tradução da Tábua Esmeralda.
Desde cedo demonstrou ser dono de uma inteligência prodigiosa, tal a facilidade com que resolvia problemas e criava engenhos. Aos 12 anos, entrou para a escola pública. Entretanto, por decisão de sua mãe, foi posto a trabalhar como lavrador. Mas, Newton era um obstinado por seus livros e por fim, foi-lhe dado um voto de confiança, sendo permitida a volta aos estudos, prosseguindo no Trinity College em Cambridge. Formou-se e graças a seus estudos vitoriosos sobre a natureza da luz branca (que descobriu ser a combinação de todas as cores do espectro), foi eleito membro da Real Academia Britânica de Ciências. Aos 27 anos foi eleito Professor Titular de Matemática da Universidade de Cambridge. Por essa época elaborou o cálculo infinitesimal. Algum tempo depois, Newton formulou sua explicação para o Universo, baseada na atração da matéria, mas, relutou durante muito tempo em publicar suas ideias. Finalmente foi convencido pelos amigos a expor ao mundo a beleza e a precisão de sua teoria, publicando então sua obra “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica”.
Após a publicação dos Principia - que permaneceu incompreensível e rejeitado pelos cientistas de sua geração -, Newton entrou para a política. Foi nomeado, por influência de amigos da corte, Superintendente da Casa da Moeda. O grande cérebro do físico e matemático subjugava-se a um simples trabalho burocrático, o que lhe valeu um papel de ridículo na sociedade.
Em uma carta que escreveu em 1676, Newton relata: “Existem outros segredos além da transmutação dos metais, e os grandes mestres são os únicos a compreendê-los”. Newton era um iniciado, que acreditava que a Alquimia deveria permanecer secreta e por isso nunca publicou os resultados de seus experimentos alquímicos, apesar de possivelmente ter obtido êxito em alguns deles. Por este motivo este lado de Newton é pouco conhecido, porém toda a sua obra foi gerada a partir destes conhecimentos. Ele dava uma interpretação materialista ao esoterismo, tanto, que em um de seus livros, seus opositores afirmavam que as forças de Newton eram forças ocultas. Na realidade, estas forças eram muito semelhantes às tradições herméticas.
Em 1940, Dobbs estudou os inúmeros manuscritos alquímicos escritos por Newton e escreveu um livro intitulado “Os Fundamentos da Alquimia de Newton”. Newton buscava na Alquimia encontrar a estrutura do microcosmo. Apesar de seus intensos estudos sobre o assunto, que duraram de 1668-1696, ele não conseguiu explicar as forças que governam os corpos pequenos.
Newton consumiu seus dias numa velhice tranquila, distante de polêmicas ou disputas. Queria apenas a tranquilidade das horas passadas em seu solar, meditando acerca das obras alquímicas. Faleceu a 28 de março de 1727;
Desde cedo demonstrou ser dono de uma inteligência prodigiosa, tal a facilidade com que resolvia problemas e criava engenhos. Aos 12 anos, entrou para a escola pública. Entretanto, por decisão de sua mãe, foi posto a trabalhar como lavrador. Mas, Newton era um obstinado por seus livros e por fim, foi-lhe dado um voto de confiança, sendo permitida a volta aos estudos, prosseguindo no Trinity College em Cambridge. Formou-se e graças a seus estudos vitoriosos sobre a natureza da luz branca (que descobriu ser a combinação de todas as cores do espectro), foi eleito membro da Real Academia Britânica de Ciências. Aos 27 anos foi eleito Professor Titular de Matemática da Universidade de Cambridge. Por essa época elaborou o cálculo infinitesimal. Algum tempo depois, Newton formulou sua explicação para o Universo, baseada na atração da matéria, mas, relutou durante muito tempo em publicar suas ideias. Finalmente foi convencido pelos amigos a expor ao mundo a beleza e a precisão de sua teoria, publicando então sua obra “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica”.
Após a publicação dos Principia - que permaneceu incompreensível e rejeitado pelos cientistas de sua geração -, Newton entrou para a política. Foi nomeado, por influência de amigos da corte, Superintendente da Casa da Moeda. O grande cérebro do físico e matemático subjugava-se a um simples trabalho burocrático, o que lhe valeu um papel de ridículo na sociedade.
Em uma carta que escreveu em 1676, Newton relata: “Existem outros segredos além da transmutação dos metais, e os grandes mestres são os únicos a compreendê-los”. Newton era um iniciado, que acreditava que a Alquimia deveria permanecer secreta e por isso nunca publicou os resultados de seus experimentos alquímicos, apesar de possivelmente ter obtido êxito em alguns deles. Por este motivo este lado de Newton é pouco conhecido, porém toda a sua obra foi gerada a partir destes conhecimentos. Ele dava uma interpretação materialista ao esoterismo, tanto, que em um de seus livros, seus opositores afirmavam que as forças de Newton eram forças ocultas. Na realidade, estas forças eram muito semelhantes às tradições herméticas.
Em 1940, Dobbs estudou os inúmeros manuscritos alquímicos escritos por Newton e escreveu um livro intitulado “Os Fundamentos da Alquimia de Newton”. Newton buscava na Alquimia encontrar a estrutura do microcosmo. Apesar de seus intensos estudos sobre o assunto, que duraram de 1668-1696, ele não conseguiu explicar as forças que governam os corpos pequenos.
Newton consumiu seus dias numa velhice tranquila, distante de polêmicas ou disputas. Queria apenas a tranquilidade das horas passadas em seu solar, meditando acerca das obras alquímicas. Faleceu a 28 de março de 1727;
Jaber abu Musa Giafar séc. VII, árabe da Mesopotâmia, conhecido por Magister Magistrorim;
Jetro. Sacerdote etíope, foi sogro de Moisés no exílio;
Khalid. séc. VII , rei árabe que iniciou Morienus nos segredos da Alquimia;
Marie-Luise von Franz. Seguiu os passos de Jung, o qual via nela uma alquimista nata. Autora dos livros “Alquimia” e “Alquimia e Imaginação Ativa”; além de ter sido colaboradora de Jung em vários de seus livros sobre Alquimia – morreu janeiro 1998;
Marquês de Saint-Yves d’Alveydre, nascido em 1844;
Maximilino (1527-1576) imperador da Alemanha;
Moisés (1705-1594 a.C.) teve a iniciação egípcia e também teve um aprendizado etíope em seu exílio;
Morienus (séc. VII) morreu como um ermitão cristão nas montanhas perto de Jerusalém. Ele foi conhecido por enviar grandes doações anuais em ouro para a Igreja Cristã;
Nostradamus. Suas profecias ficaram tão conhecidas que chegam a ofuscar o restante de sua obra. Ele foi médico, alquimista e astrólogo. Michel de Notre-Dame nasceu em 14 de dezembro de 1503 em St. Remy, seu pai era tabelião e seus dois avos médicos. Foi seu avô, que também era cabalista, que ficou responsável por sua educação, ensinando-lhe desde cedo Astrologia. Diplomou-se em Avignon como mestre em Artes, estudando literatura, história, filosofia, gramática e retórica. Sua família era judia e Nostradamus teve que se converter ao catolicismo para fugir da Inquisição.
Cursou medicina em Montpellier, onde ingressou com dezoito anos, em 1523. Tornou-se amigo de François Rabelais. Recebeu o título de doutor em 1533 e latinizou seu nome para Miguel de Nostradamus. Passou algum tempo viajando pela Europa, onde combateu a peste com métodos contrários aos empregados em seu tempo. Foi convidado por um alquimista, Julius César Scalinger para conhecer suas pesquisas em Tolouse e permaneceu por algum tempo em sua casa. Casou-se com Marie Auberligne, que era uma grande estudiosa e auxiliava Scalinger em seus experimentos. Foi aí que aprofundou seus conhecimentos em Alquimia utilizando a biblioteca escondida, por ter obras proibidas pela Igreja, na casa de Scalinger.
Mudou-se para Ange, próximo a Toulose, atuando como médico. A noite, constantemente ia para a biblioteca de seu amigo estudar as obras proibidas. Teve 2 filhos e um trágico desfecho, sua mulher e filhos contraíram a peste e faleceram. Nostradamus ficou desolado e recluso na Bretanha, na floresta de Brocelândia, conhecida como a residência do Mago Merlin. Após isso passou um período de intensas viagens.
Em 1546 combateu novamente a peste, desta vez em Provence onde residia o seu irmão que era prefeito da cidade, obtendo ótimos resultados - utilizou técnicas e conhecimentos que anteciparam em 300 anos as descobertas de Pasteur. Associando a transmissão da peste a microrganismos, desinfetou ruas e casas, queimou os mortos e suas roupas, além de desenvolver medicamentos de animais e vegetais. Casou-se com Anne Posard uma viúva de 27 anos e tiveram 6 filhos. Trabalhava durante o dia como médico e durante as noites escrevia as suas professias. Ensinou sua mulher e cunhada a fazerem perfumes que ficaram famosos.
Publicou a primeira edição das “Centurias” em 1555 e a previsão que o tornou famoso, o anúncio da morte do rei da França Henrique II em um duelo a cavalo, que se concretizou 3 anos depois. Conquistou a admiração da rainha Catarina de Médicis esposa de Enrique II, obtendo assim sua proteção, conseguindo escapar da Inquisição;
Cursou medicina em Montpellier, onde ingressou com dezoito anos, em 1523. Tornou-se amigo de François Rabelais. Recebeu o título de doutor em 1533 e latinizou seu nome para Miguel de Nostradamus. Passou algum tempo viajando pela Europa, onde combateu a peste com métodos contrários aos empregados em seu tempo. Foi convidado por um alquimista, Julius César Scalinger para conhecer suas pesquisas em Tolouse e permaneceu por algum tempo em sua casa. Casou-se com Marie Auberligne, que era uma grande estudiosa e auxiliava Scalinger em seus experimentos. Foi aí que aprofundou seus conhecimentos em Alquimia utilizando a biblioteca escondida, por ter obras proibidas pela Igreja, na casa de Scalinger.
Mudou-se para Ange, próximo a Toulose, atuando como médico. A noite, constantemente ia para a biblioteca de seu amigo estudar as obras proibidas. Teve 2 filhos e um trágico desfecho, sua mulher e filhos contraíram a peste e faleceram. Nostradamus ficou desolado e recluso na Bretanha, na floresta de Brocelândia, conhecida como a residência do Mago Merlin. Após isso passou um período de intensas viagens.
Em 1546 combateu novamente a peste, desta vez em Provence onde residia o seu irmão que era prefeito da cidade, obtendo ótimos resultados - utilizou técnicas e conhecimentos que anteciparam em 300 anos as descobertas de Pasteur. Associando a transmissão da peste a microrganismos, desinfetou ruas e casas, queimou os mortos e suas roupas, além de desenvolver medicamentos de animais e vegetais. Casou-se com Anne Posard uma viúva de 27 anos e tiveram 6 filhos. Trabalhava durante o dia como médico e durante as noites escrevia as suas professias. Ensinou sua mulher e cunhada a fazerem perfumes que ficaram famosos.
Publicou a primeira edição das “Centurias” em 1555 e a previsão que o tornou famoso, o anúncio da morte do rei da França Henrique II em um duelo a cavalo, que se concretizou 3 anos depois. Conquistou a admiração da rainha Catarina de Médicis esposa de Enrique II, obtendo assim sua proteção, conseguindo escapar da Inquisição;
Papa João XXII (1316-1334) foi acusado de ter sido perito alquímico e é autor de significante trabalho sobre transmutação. Conseguiu fortuna, de forma misteriosa, que beneficiou a igreja;
Paracelso, Aureolus Phillippus Teophrastus Bombast von Hohenheim, que assim se intitulava por se considerar “além de Celso”, nasceu a 10 de novembro de 1493, em Einsiedeln, um vilarejo nas montanhas da Suíça alemã. Seu pai Wilhelm Bombast era médico e o ensina desde cedo, utilizando sua biblioteca particular, os segredos da medicina. Seu avô foi o Grão Mestre da Ordem dos Cavaleiros de São João, Georg Bombast von Hohenheim, do qual seu pai era filho bastardo. A Ordem dos Cavaleiros de São João recebeu todo o acervo da Ordem dos Templários, quando estes foram perseguidos pela Igreja. Os Templários eram uma ordem monástica militar, os quais tinham o objetivo de defender a Terra Santa dos muçulmanos e possuíam o conhecimento do esoterismo islâmico, sendo famosos pelo uso da Alquimia e por, supostamente, utilizarem poderes sobrenaturais. Provavelmente, Paracelso teria se iniciado na Alquimia com o seu avô por intermédio da herança dos Templários. Posteriormente teria feito parte de uma irmandade de alquimistas, da qual teria recebido a tarefa de passar seus conhecimentos para a Medicina, pois na época esta se encontrava nas trevas da ignorância.
Ainda moço foi morar na Áustria, país no qual seu pai foi trabalhar, podendo assim observar as doenças que mais assolavam os trabalhadores das minas de Fuggers (o dono destas minas era o alquimista tirolês Segismundo Fugger). Frequentou as Universidades da Alemanha, França e Itália, estudando Medicina em Viena com Nicolo e em Ferrara, com Trithemius (alquimista e célebre abade do convento de São Jorge, em Wurzburg) e Leoniceno, obtendo seu grau de doutor em 1515. Há indícios de que também tenha estudado em Bolonha como aluno de Berengário de Capri, responsável pela cadeira de Anatomia. No período 1517 a 1524, viajou como médico em vários exércitos, pela Holanda, Escandinávia, Prússia, Tartárea, e possivelmente no Oriente próximo, adquirindo assim, grande prática no tratamento de diversas enfermidades. Logo depois, retornou para as minas de Fuggers onde estudou as condições de saúde dos mineiros.
Neste contexto, surgem as revolucionárias ideias de Paracelso - durante o estudo da Medicina, Paracelso se rebela contra os conhecimentos ortodoxos - apresentando uma visão totalmente oposta a vigente, considerando o ser humano como um todo integrado e harmônico constituído de mente e corpo. Acreditava que a anima - conceito semelhante ao princípio vital, posteriormente introduzido pelos homeopatas - governava o organismo. Criou uma filosofia química para interpretar o mundo, considerando a Criação como um grande processo químico divino e acreditando que as doenças eram fruto de reações químicas produzidas pelo organismo.
Suas ideias revolucionárias, eram fruto de uma importante formação alquímica (Paracelso é considerado um dos mais controversos alquimistas de todos os tempos). A Alquimia, para ele, não tinha o intuito de transformar metais em ouro, mas sim servir como instrumento auxiliar no restabelecimento da saúde, sendo utilizada como base para o preparo dos medicamentos minerais, através de técnicas alquímicas de separação e purificação.
Paracelso combateu os princípios da medicina tradicional - considerados por ele obscuros e sem fundamento. Nas universidades ensinava magia e ocultismo, propondo uma terapêutica química. Percebeu a possibilidade de utilização dos conhecimentos da Alquimia na Medicina, na formulação e descobrimento de novos medicamentos, sendo o precursor da Iatroquímica - que mais tarde deu origem à Química - além de antecipar vários fundamentos da Homeopatia, Farmacologia, Medicina Psicossomática, Psicologia e Bioenergética.
Ensinou suas idéias em uma universidade na Basiléia por volta de 1527 e chegou a queimar em praça pública os livros escritos por Galeno e Avicena, em sinal de protesto contra os conceitos contidos nestas obras. Entretanto, a Basiléia era uma cidade em que os estudiosos cultuavam as ciências e filosofias antigas e, portanto, Paracelso foi duramente criticado, fazendo tantos inimigos, que precisou fugir da cidade. Assim iniciou-se uma longa e triste luta em prol do bom senso na Medicina, que tinha reflexos ostensivos sobre sua fama e condição financeira - alternava entre fortuna e miséria. Outros locais nos quais lecionou foram Colmar (1528), Nuremberg (1529), Saint-Gall (1531), Pfeffer (1535), Augsburgo (1936), e Villach (1538).
Rebelou-se também contra o sistema de ensino das Ciências. Nesta época, a língua científica escrita e falada era o latim e Paracelso acreditava que isto prejudicava a difusão do saber, pois somente poucos eruditos tinham acesso as universidades e podiam usufruir do conhecimento. Neste contexto, tentou introduzir uma língua mais acessível ao povo - o alemão - em seus escritos e aulas, fato que foi seguido, posteriormente, por vários outros sábios.
Paracelso foi, por tudo isto, denominado o “médico maldito” e sua doutrina constantemente veiculada ao ocultismo - por conta de crer em “influências astrais”. Apesar disto, hoje podemos perceber suas grandes contribuições para o desenvolvimento da Química e Medicina.
A maior parte de suas obras foi publicada após sua morte, sendo que entre 1589-1591, apareceram as primeiras edições de seus trabalhos, quase completos, que versam sobre clínica médica, diagnóstico, farmacologia, filosofia, teologia, Alquimia, influência dos astros, magia, formulação e prescrição dos medicamentos. São, na realidade, uma mistura de contribuições originais e afirmações ingênuas. Suas obras consideradas como mais importantes são suas principais obras: o “Tratado Sobre as Feridas Abertas” (1528), “Paramirum” (1530-1531). “Chirurgia Magna” (1536), “De Gradibus” (1568), “Tratado Sobre as Enfermidades dos Mineiros” (1576), “Opúsculo sobre os Banhos Minerais” (1576) e “De generatione stultorum” (tratado no qual correlaciona o cretinismo com o bócio endêmico). Escreveu também um livro de profecias “Os Prognósticos”, que não conseguiu igualar às “Centurias” escrito por Nostradamus - este, como Paracelso, era médico, astrólogo e alquimista.
No ano de 1538 abandonou a vida pública, possivelmente por problemas de saúde. Relatos indicam que tenha sido por conta de uma doença que permanece desconhecida até a atualidade. Retirou-se para Mindelheim, cuidando de sua saúde e colocando em ordem suas obras. Em 1540 foi para Salzburgo, com intuito de desfrutar um melhor clima. Deste período até sua morte, dedicou-se profundamente a espiritualidade, quando escreveu seus trabalhos mais místicos, dentre eles, alguns comentários sobre a Bíblia Sagrada.
A descrição de sua morte constitui um assunto controverso, para o qual existem várias hipóteses. Ficou internado no Hospital de São Estevão e, tempos depois, mudou-se para a Estalagem do Cavalo Branco, em Kaygasse, esperando pelo fim de sua laboriosa jornada. Morreu aos 48 anos, em 1541, sendo enterrado na Igreja de São Estevão. Aproximadamente em 1590 foi transferido para um local de honra no próprio cemitério da Igreja e, em seu túmulo foi colocada uma inscrição de mármore com os dizeres: “Aqui jaz Philippus Teophrastus von Hohenheim. Famoso doutor em medicina que curou toda a espécie de feridas, a lepra, a gota, a hidropisia e outras enfermidades do corpo com ciência maravilhosa. Morreu em 24 de Setembro do ano da graça de 1541”.
Entretanto, para Jung, Paracelso teria morrido em Salzburgo e enterrado junto com os pobres do Asilo de Velhos no cemitério de São Sebastião e que, no século XIX, seus restos mortais foram exumados, havendo o intrigante achado de um esqueleto com uma pelve feminina. Este relato, sugere que Paracelso poderia ter simulado a própria morte, para fugir da perseguição incessante comandada por vários médicos ortodoxos. Seu pedido de que fossem executados os salmos I, VII e XXX em seu funeral, pode-se constituir num indício desta hipótese:
“Eu te exaltarei, ó Senhor, porque tu me livraste e não permitiste que os meus inimigos se regozijassem contra mim”.
“Senhor, meu Deus, clamei a ti por socorro e tu me saraste”.
“Da cova fizeste subir a minha alma; preservaste-me a vida para que não descesse à sepultura”. (Salmo XXX) . Há indícios de que Nostradamus, teria se encontrado com Paracelso na Alemanha, alguns anos após a data da suposta morte deste último;
Ainda moço foi morar na Áustria, país no qual seu pai foi trabalhar, podendo assim observar as doenças que mais assolavam os trabalhadores das minas de Fuggers (o dono destas minas era o alquimista tirolês Segismundo Fugger). Frequentou as Universidades da Alemanha, França e Itália, estudando Medicina em Viena com Nicolo e em Ferrara, com Trithemius (alquimista e célebre abade do convento de São Jorge, em Wurzburg) e Leoniceno, obtendo seu grau de doutor em 1515. Há indícios de que também tenha estudado em Bolonha como aluno de Berengário de Capri, responsável pela cadeira de Anatomia. No período 1517 a 1524, viajou como médico em vários exércitos, pela Holanda, Escandinávia, Prússia, Tartárea, e possivelmente no Oriente próximo, adquirindo assim, grande prática no tratamento de diversas enfermidades. Logo depois, retornou para as minas de Fuggers onde estudou as condições de saúde dos mineiros.
Neste contexto, surgem as revolucionárias ideias de Paracelso - durante o estudo da Medicina, Paracelso se rebela contra os conhecimentos ortodoxos - apresentando uma visão totalmente oposta a vigente, considerando o ser humano como um todo integrado e harmônico constituído de mente e corpo. Acreditava que a anima - conceito semelhante ao princípio vital, posteriormente introduzido pelos homeopatas - governava o organismo. Criou uma filosofia química para interpretar o mundo, considerando a Criação como um grande processo químico divino e acreditando que as doenças eram fruto de reações químicas produzidas pelo organismo.
Suas ideias revolucionárias, eram fruto de uma importante formação alquímica (Paracelso é considerado um dos mais controversos alquimistas de todos os tempos). A Alquimia, para ele, não tinha o intuito de transformar metais em ouro, mas sim servir como instrumento auxiliar no restabelecimento da saúde, sendo utilizada como base para o preparo dos medicamentos minerais, através de técnicas alquímicas de separação e purificação.
Paracelso combateu os princípios da medicina tradicional - considerados por ele obscuros e sem fundamento. Nas universidades ensinava magia e ocultismo, propondo uma terapêutica química. Percebeu a possibilidade de utilização dos conhecimentos da Alquimia na Medicina, na formulação e descobrimento de novos medicamentos, sendo o precursor da Iatroquímica - que mais tarde deu origem à Química - além de antecipar vários fundamentos da Homeopatia, Farmacologia, Medicina Psicossomática, Psicologia e Bioenergética.
Ensinou suas idéias em uma universidade na Basiléia por volta de 1527 e chegou a queimar em praça pública os livros escritos por Galeno e Avicena, em sinal de protesto contra os conceitos contidos nestas obras. Entretanto, a Basiléia era uma cidade em que os estudiosos cultuavam as ciências e filosofias antigas e, portanto, Paracelso foi duramente criticado, fazendo tantos inimigos, que precisou fugir da cidade. Assim iniciou-se uma longa e triste luta em prol do bom senso na Medicina, que tinha reflexos ostensivos sobre sua fama e condição financeira - alternava entre fortuna e miséria. Outros locais nos quais lecionou foram Colmar (1528), Nuremberg (1529), Saint-Gall (1531), Pfeffer (1535), Augsburgo (1936), e Villach (1538).
Rebelou-se também contra o sistema de ensino das Ciências. Nesta época, a língua científica escrita e falada era o latim e Paracelso acreditava que isto prejudicava a difusão do saber, pois somente poucos eruditos tinham acesso as universidades e podiam usufruir do conhecimento. Neste contexto, tentou introduzir uma língua mais acessível ao povo - o alemão - em seus escritos e aulas, fato que foi seguido, posteriormente, por vários outros sábios.
Paracelso foi, por tudo isto, denominado o “médico maldito” e sua doutrina constantemente veiculada ao ocultismo - por conta de crer em “influências astrais”. Apesar disto, hoje podemos perceber suas grandes contribuições para o desenvolvimento da Química e Medicina.
A maior parte de suas obras foi publicada após sua morte, sendo que entre 1589-1591, apareceram as primeiras edições de seus trabalhos, quase completos, que versam sobre clínica médica, diagnóstico, farmacologia, filosofia, teologia, Alquimia, influência dos astros, magia, formulação e prescrição dos medicamentos. São, na realidade, uma mistura de contribuições originais e afirmações ingênuas. Suas obras consideradas como mais importantes são suas principais obras: o “Tratado Sobre as Feridas Abertas” (1528), “Paramirum” (1530-1531). “Chirurgia Magna” (1536), “De Gradibus” (1568), “Tratado Sobre as Enfermidades dos Mineiros” (1576), “Opúsculo sobre os Banhos Minerais” (1576) e “De generatione stultorum” (tratado no qual correlaciona o cretinismo com o bócio endêmico). Escreveu também um livro de profecias “Os Prognósticos”, que não conseguiu igualar às “Centurias” escrito por Nostradamus - este, como Paracelso, era médico, astrólogo e alquimista.
No ano de 1538 abandonou a vida pública, possivelmente por problemas de saúde. Relatos indicam que tenha sido por conta de uma doença que permanece desconhecida até a atualidade. Retirou-se para Mindelheim, cuidando de sua saúde e colocando em ordem suas obras. Em 1540 foi para Salzburgo, com intuito de desfrutar um melhor clima. Deste período até sua morte, dedicou-se profundamente a espiritualidade, quando escreveu seus trabalhos mais místicos, dentre eles, alguns comentários sobre a Bíblia Sagrada.
A descrição de sua morte constitui um assunto controverso, para o qual existem várias hipóteses. Ficou internado no Hospital de São Estevão e, tempos depois, mudou-se para a Estalagem do Cavalo Branco, em Kaygasse, esperando pelo fim de sua laboriosa jornada. Morreu aos 48 anos, em 1541, sendo enterrado na Igreja de São Estevão. Aproximadamente em 1590 foi transferido para um local de honra no próprio cemitério da Igreja e, em seu túmulo foi colocada uma inscrição de mármore com os dizeres: “Aqui jaz Philippus Teophrastus von Hohenheim. Famoso doutor em medicina que curou toda a espécie de feridas, a lepra, a gota, a hidropisia e outras enfermidades do corpo com ciência maravilhosa. Morreu em 24 de Setembro do ano da graça de 1541”.
Entretanto, para Jung, Paracelso teria morrido em Salzburgo e enterrado junto com os pobres do Asilo de Velhos no cemitério de São Sebastião e que, no século XIX, seus restos mortais foram exumados, havendo o intrigante achado de um esqueleto com uma pelve feminina. Este relato, sugere que Paracelso poderia ter simulado a própria morte, para fugir da perseguição incessante comandada por vários médicos ortodoxos. Seu pedido de que fossem executados os salmos I, VII e XXX em seu funeral, pode-se constituir num indício desta hipótese:
“Eu te exaltarei, ó Senhor, porque tu me livraste e não permitiste que os meus inimigos se regozijassem contra mim”.
“Senhor, meu Deus, clamei a ti por socorro e tu me saraste”.
“Da cova fizeste subir a minha alma; preservaste-me a vida para que não descesse à sepultura”. (Salmo XXX) . Há indícios de que Nostradamus, teria se encontrado com Paracelso na Alemanha, alguns anos após a data da suposta morte deste último;
Pitágoras. O sábio filósofo (590-470), levou 22 anos para adquirir o título de sacerdote egípcio. Já prestes a regressar à Grécia para exercer seu ministério, o Egito foi conquistado e juntamente com alguns sacerdotes egípcios foi levado para a Babilônia. Lá ficou cativo por 12 anos, onde se aprofundou na magia que ali se difundia;
Raimundo Lullo (1234-1315) se aliou durante um tempo aos franciscanos, foi iniciado por Arnold de Villanova;
Roger Bacon. Chamado doctor Mirabilis. Foi um dos maiores sábios da época e estudou a Alquimia, realizando inclusive experimentos com transmutação de metais. Nasceu em 1214 na Inglaterra. Estudou em Oxford e Montpelier. Foi professor de Filosofia na Universidade de Paris. Em 1250 abandonou a cadeira para tornar-se monge da Ordem de São Francisco de Assis. Roger Bacon tencionava uma vida tranquila, onde pudesse contemplar o mundo e extrair-lhe a verdade, sem precisar decorar os Dogmas Aristotélicos.
Bacon trabalhou na correção do Calendário Juliano, aperfeiçoou instrumentos de óptica e aproximou-se bastante dos princípios que permitiram a confecção de óculos e telescópios (construídos séculos mais tarde). Fabricou pólvora mas ocultou a fórmula pois temia que esta perigosa invenção caísse em mãos de homens inescrupulosos. Com sua mente iluminada, anteviu várias invenções modernas, tais como telescópios, microscópios, aviões, entre outras.
Foi no seio da Ordem onde procurava recolhimento que caiu em desgraça. Os Franciscanos não toleraram os frequentes questionamentos do frade e suas experiências e após uma série de advertências, resolveram encarcerá-lo na prisão. No entanto ele gozava da simpatia do Papa Clemente IV, que ordenou sua soltura. Porém em 1282, após a morte de Clemente IV, seus escritos foram condenados e ele novamente preso. Bacon permaneceu preso por 10 anos, sendo solto. Cansado e desgostoso, morreu 2 anos depois, em 1294. Entretanto, sua vida no cárcere foi rica em reflexões. Escreveu várias obras, entre as quais figura como grande trabalho de sua vida o livro Opus Majus, manuscrito de caráter enciclopédico que ficou perdido por cerca de 450 anos (foi encontrado e publicado em 1733). Sua obra alquímica foi reunida no século XVII com o nome Tesouro Químico de Roger Bacon e era composta dos seguintes livos: Alquimia Maior, O Espelho da Alquimia, Sobre o Leão Verde, Breviário do dom de Deus, Os Segredos dos Segredos, além de outras anotações;
Bacon trabalhou na correção do Calendário Juliano, aperfeiçoou instrumentos de óptica e aproximou-se bastante dos princípios que permitiram a confecção de óculos e telescópios (construídos séculos mais tarde). Fabricou pólvora mas ocultou a fórmula pois temia que esta perigosa invenção caísse em mãos de homens inescrupulosos. Com sua mente iluminada, anteviu várias invenções modernas, tais como telescópios, microscópios, aviões, entre outras.
Foi no seio da Ordem onde procurava recolhimento que caiu em desgraça. Os Franciscanos não toleraram os frequentes questionamentos do frade e suas experiências e após uma série de advertências, resolveram encarcerá-lo na prisão. No entanto ele gozava da simpatia do Papa Clemente IV, que ordenou sua soltura. Porém em 1282, após a morte de Clemente IV, seus escritos foram condenados e ele novamente preso. Bacon permaneceu preso por 10 anos, sendo solto. Cansado e desgostoso, morreu 2 anos depois, em 1294. Entretanto, sua vida no cárcere foi rica em reflexões. Escreveu várias obras, entre as quais figura como grande trabalho de sua vida o livro Opus Majus, manuscrito de caráter enciclopédico que ficou perdido por cerca de 450 anos (foi encontrado e publicado em 1733). Sua obra alquímica foi reunida no século XVII com o nome Tesouro Químico de Roger Bacon e era composta dos seguintes livos: Alquimia Maior, O Espelho da Alquimia, Sobre o Leão Verde, Breviário do dom de Deus, Os Segredos dos Segredos, além de outras anotações;
Rosenkreutz. Em 1480 restaura algumas fraternidades herméticas;
Sacca (séc. II), fundou a escola Neoplatônica de Alexandria;
Salomão. Supõe-se que tenha nascido 1033 anos antes de Cristo, suas obras alquímicas mais conhecidas são: “A Clavícula de Salomão”, “Sobre a Pedra dos Filósofos”;
São Tomás de Aquino (1225-1274), monge dominicano conhecido como Doutor Angélico. Nasceu no Castelo de Roccasecca, arredores de Aquino, no norte do reino de Nápoles. Estudou com Alberto Magno, por quem teria sido iniciado no conhecimento de Alquimia. Muitos estudiosos da obra de Tomás de Aquino não acreditam, que ele tenha escrito livros de Alquimia, por ser esta arte considerada herética. No momento de sua morte, Alberto Magno, que se encontrava em Colônia, anuncia o fato aos outros frades e chora;
Zózimo (séc. III) viveu a maior parte de sua vida em Alexandria, e afirmava que o reino egípcio era subsidiado pela arte de fazer ouro. Um dos alquimistas mais respeitados, conhecido como “A Coroa dos Filósofos”.
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