segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Humor Maçônico – Piada de Bode

(Confesso que fiquei com pena da cunhada- coitadinha)

 

Bode I

PIADA DE BODE

Milas recebe em casa a visita dos irmãos Otaner e Ramehda. A esposa de Milas auxilia na recepção e todos se cumprimentam e se beijam. Com a alegria de sempre, eles se sentam e antes de iniciarem as conversas, Milas pede à esposa:

- “Querida, por favor, peça à Maria que providencie aquele cafezinho três ´efes` – fraco, frio e fedido pra esses dois ´efes` – sorrindo, e antes de aparecer adjetivos maliciosos, completou: “faltantes e fraternos”. Todos riem muito.

Na verdade eles estavam pedindo “cobertura de sala”, temporária, à cunhada. Ela entende muito bem, pede licença e sai. Recomenda à empregada que prepare o café e volta afazer o que fazia antes na saleta anexa: costurar a alça do avental de Milas que havia arrebentado. Enquanto costura vai pensando: “Milas está engordando muito; precisa moderar nesses… Como é mesmo aquela palavra que eles falam? …a..ágape…isso…precisa diminuir esses ágapes semanais”. E a conversa na sala principal e tão alta que chega a ser impossível deixar de ouvi-la.

- “Ontem eu estive na Quinta Essência”, disse Otaner.

- “E ela é da Sereníssima?”, pergunta Ramehda.

- “Lógico, é a 349. Foi uma sessão pra lá de Jota e Pê. Não era Magna, todos estavam de balandrau, mas fizeram a entrada de Past Máster com a abóbada de aço e estrelas. O Veeme comandou uma bateria incessante. Depois esse Filho da Viúva apresentou uma senhora peça de arquitetura. Falou de um obreiro que seguiu para o Oriente Eterno, depois de trabalhar incessantemente nas Pedras Bruta e Polida e considerava o Livro da Lei a obra máxima na Terra”.
Com a agulha e a linha, a cunhada vai unindo novamente a alça do avental, mas, por mais que se esforce, não consegue unir aquelas palavras a um sentido qualquer.

- “E eu estava, na semana passada, na Era de Aquários, lá em Ribeirão”, fala Ramehda. “Eu nunca vi tantas colunas gravadas na bolsa”! Eram pranchas e mais pranchas, muitas prévias, e um pedido de Quit-Placet; todos ficaram surpresos, principalmente as luzes; fiquei com pena do Secretário a medida que o Veeme ia decifrando, ele ia botando tudo aquilo no balaústre. Também fiquei bobo de ver a quantidade de metais no Tronco. “A única coisa que eu não gostei, foi quando eles formaram a cadeia para passar a semestral, eu tive de ficar no Átrio”.

A esposa continua a não entender bulhufas.

- “Mas é claro, se você não é do Quadro…”, argumenta Milas. “Nesse caso não importa quantos degraus você subiu na escada de Jacob. E, falando nisso…”, continua, “em junho participei de trabalhos de banquete, na Seguidores em Cruzeiro. Meti o meu ‘ne varietur’ no livro e nem foi preciso ser trolhado. O betume estava delicioso e a pólvora vermelha estava divina. Fizemos bons fogos. Na bem da Ordem, ou melhor sobre o Ato, falei sobre alguns landmarks e depois agradeci”.

A cunhada já se considerando uma estrangeira, serve o café em silêncio e momentos seguintes os irmãos se despedem e se vão, após o tradicional “Que o Supremo Arquiteto os acompanhe”.

- Querido – pergunta a esposa – Por que vocês não conversam como pessoas normais?”

Milas beija-lhe a fronte e, sorrindo, responde:

- “Porque você é uma linda goteira!”

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Um comentário:

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