TRAPEIRAS
Significado de Trapeira
s.f. Abertura ou janela no telhado, por onde penetra o ar e a luz.
Porque a
loja tem três janelas ?
Para que
possamos reencontrar a estrada da natureza , libertando-nos do mundo profano ,
passando por um processo de purificação onde encontraremos na liberdade de
pensamento a nossa transformação e o desbaste
da pedra bruta ,de formas que possamos praticar e visualizar através delas o
que adquirimos de conhecimento dentro da loja.
A PRIMEIRA
JANELA;
Serve para a
entrada da Luz que vem do ORIENTE , nascente do sol que significa a Sabedoria que procuramos quando entramos para a
Maçonaria , iniciando uma caminhada sem fim a procura de novos
conhecimentos e de algo que foi perdido no tempo. O estar presente em loja nos
da oportunidade de através dessas ABERTURAS,
termos a visão da caminhada de homens ou mulheres guerreiros. Prestando a atenção ao que temos no
coração e no significado das coisas que aprendemos ,
encontramos os caminhos dos homens ou mulheres Curadores. Observando a verdade
sem culpar nem julgar , tornando-nos autênticos e desenvolvendo nossa visão e
intuição interiores , manifestamos o amor, a gratidão, o respeito e assim encontramos
o caminho dos homens ou mulheres visionários.
A SEGUNDA
JANELA;
Recebe a luz do meio-dia e nos trás a visão do
equilíbrio com ordem e exatidão em nossas ações , firma a nossa presença , a
comunicação e posicionamento.
A TERCEIRA
JANELA
Possibilita-nos
a visão do por do sol , o dever cumprido. Aberta para os resultados sem ficar preso a eles ,
recobrando os recursos humanos da sabedoria e da objetividade sendo este o
caminho do MESTRE a prática da
confiança. O oeste é associado ao tempo de armazenar e também permitir que as
coisas sigam seu rumo.
Acreditar em
si,conduzindo-nos ao próximo degrau o
caminho da verdade.Visualizando um espaço de tempo para honrar a riqueza de
nossas raízes e de sua herança.
Através
destas janelas projetamos um mundo melhor. Permito-me ler uma declaração dos
povos indígenas que no meu entender nasceram com o dom da mais pura e digna
maçonaria.
Declaração de homens de saber.
Glorificamos nosso honroso passado:
Quando
a terra era a mãe que nos alimentava,
Quando
o céu noturno era nosso teto comum,
Quando
o sol e a lua eram nossos pais,
Quando
todos nós éramos irmãos e irmãs,
Quando
nossas grandes civilizações cresciam , sob o sol,
Quando
nossos chefes e anciãos eram grandes líderes ,
Quando
a justiça ditava as regras da lei e sua execução.
Então os outros povos chegaram;
Sedentos
de sangue ,de ouro,sedentos da terra e
de toda a riqueza,
Carregando
a cruz e a espada , uma em cada mão,
Sem
saber ou esperar para aprender os
caminhos de nossos mundos ,
Consideraram-nos
menos que animais,
Roubaram
nossas terras e delas nos arrancaram,
E
TORNARAM ESCRAVOS OS FILHOS DO SOL.
No entanto , nunca foram capazes de
nos eliminar
Nem
de apagar de nossas memórias aquilo que fomos,
Porque
somos a cultura da terra e do céu,
Somos
da antiga linhagem e somos milhões,
E
embora todo o nosso universo possa ser dizimado,
Nosso
povo ainda viverá,
Por
mais tempo ainda do que o reino da morte.
Agora viemos dos quatro cantos da
terra ,
Protestamos
diante do concerto das nações,
Que
“somos os povos indígenas”, nós,
Os
que temos consciência da cultura e de tudo
O
que diz respeito ao povo,
Dos
limites das fronteiras de cada país,
E marginais à cidadania de cada país.
E levantando-nos , depois de séculos
de opressão,
Evocando
a grandeza de nossos ancestrais,
Em
memória de nossos mártires indígenas,
E
em homenagem ao Conselho de nossos sábios anciãos;
Prometemos solenemente retomar o
controle de nosso próprio destino, e recuperar nossa completa Humanidade fraternidade e o orgulho
De
sermos Povos indígenas.
Essa é a Maçonaria que quero enxergar
através das nossas Janelas simbólicas.
Orgulho da nossa origem.
Humanidade.
Ser fraterno e honrar os ancestrais e
irmãos de caminhada e convivência.
Honrar a terra em que nasci.
Ter liberdade de pensamento.
Ser justo e perfeito ao adquirir a
sabedoria necessária.
Para honra e gloria do
G.’.A.’.D.’.U.’. , essas foram as minhas palavras V.’.M.’.
Torres , 15 de dezembro de 2012.
Ir. Gilberto Damasceno. GLRRS.
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